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Vieira: só suspeitas não afastam Paulinho do PDT

O presidente em exercício do PDT, deputado Vieira da Cunha (PDT-RS), disse que ainda não pode afastar do partido o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical, porque os elementos contra ele se baseiam em suspeitas. Segundo Viei

“Não é nossa intenção pré-condenar como também não vamos pré-absolver. Temos que ter mais informações sobre o caso. Os elementos que temos são suspeitas. Com base em suspeitas, não podemos afastar um companheiro que goza da nossa confiança. Ele é um líder sindical e membro da Executiva Nacional. Não podemos tomar atitude (afastamento) sem ter todos os elementos que constam neste inquérito. O que temos são vazamentos de partes do inquérito. Seria injusto e temerário e seria precipitado da nossa parte fingir que nada está acontecendo ou tomar alguma atitude punitiva.”



O deputado prestará esclarecimentos à Executiva Nacional do PDT amanhã, a partir das 19h, na sede nacional do partido, em Brasília. Ele teria tido o nome citado em relatórios da Operação Santa Tereza, da Polícia Federal, sobre os desvios feitos no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Vieira da Cunha disse que, além da Executiva, foram convidadas para a reunião as bancadas do partido na Câmara e no Senado.



Vieira da Cunha disse que conversou por telefone com o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical, e Paulinho disse que está muito difícil se pronunciar, porque não teve acesso aos autos. “Ele diz que não sabe do que está sendo acusado.”



“Não tivemos acesso aos autos. Nem o deputado teve, pelo que ele me disse. Como disse o ministro Tarso Genro, não há até agora uma investigação”, afirmou o presidente em exercício do PDT.



O juiz substituto Márcio Ferro Catapani, da 2ª Vara Federal Criminal de São Paulo, especializada em crimes financeiros e lavagem de dinheiro, aceitou a denúncia oferecida na última sexta-feira pelo Ministério Público Federal em São Paulo e abriu processo contra 13 pessoas investigadas pela Operação Santa Tereza, que apura prostituição, tráfico de pessoas, fraudes em financiamentos do BNDES e lavagem de dinheiro.



O MPF requereu também a remessa da cópia integral dos autos ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região e ao Supremo Tribunal Federal (STF), por haver, até o momento, apenas suspeitas do envolvimento de Paulinho e do prefeito de Praia Grande (SP), Alberto Mourão, nos crimes retratados na denúncia. Paulinho e Mourão são autoridades que gozam de foro privilegiado, mas ambos teriam sido citados pelos réus em várias conversas interceptadas.



Segundo Vieira da Cunha, a primeira decisão do partido foi convocar a reunião e ouvir Paulinho para se interar dos fatos. “Assim que tivermos todos os elementos, tomaremos uma decisão. Está sendo um constrangimento para o partido e para ele.”



Fonte: Redação Terra