Sem categoria

ONU pede acesso urgente para ajuda a Mianmar

Chefe de organização regional para Ásia e Pacífico, Escap, pede ao governo que libere entrada de Assistência Humanitária, segundo informou nesta sexta-feira (9) a rádio das Nações Unidas.

A secretária-executiva da Organização Regional das Nações Unidas para a Ásia e Pacífico, Noeleen Heyzer, disse que está “profundamente preocupada” com o que ela chamou de continuação da tragédia em Mianmar, a antiga Birmânia.



O país foi atingido pelo ciclone Nargis, no fim de semana. De acordo com o governo, 24 mil pessoas teriam morrido, mas há boatos de que o número de vítimas fatais pode chegar aos 100 mil.



Segundo o subsecretário-geral de Assistência Humanitária, John Holmes, a entrada de ajuda no país, que é liderado por uma junta militar, ainda é muito lenta.



O encarregado do Ocha em Nova York, Carlos Monteiro, contou à Rádio ONU, como estão as conversações do Ocha com o governo birmanês para a passagem de ajuda humanitária.



“Continuamos a trabalhar com o governo de Mianmar no sentido de uma maior abertura para a entrada de pessoal humanitário que terá um impacto direto, digamos, na condução de avaliações no terreno e também apoiar os nossos colegas das Nações Unidas a trabalharem em Mianmar mas também o governo em si”, disse.



A chefe do Escap, Noeleen Heyzer, pediu ao governo birmanês que acelere a emissão de vistos de entrada para trabalhadores de ajuda humanitária e que se possível suspenda a exigência de visto para trabalhadores da ONU para que as vítimas possam ser atendidas o mais rapidamente possível.



Por sua vez, o Ocha lançou nesta sexta-feira um apelo de emergência, pedindo US$ 187 milhões à comunidade internacional para oferecer assistência humanitária urgente e imediata.



O Ocha apresentou este número dentro de seu plano de ação para abordar a crescente crise enfrentada pela população que foi atingida pelo desastre.


 


“Os US$ 187 milhões servirão para dar assistência durante três meses — mas que poderia se estender para seis — a um mínimo de 1,5 milhão de desabrigados, mas espera-se que esse número aumente na medida em que se conheça melhor a região devastada, assegura a Ocha no documento.



Seus autores lembram que cerca de 13 milhões de pessoas, das quais quase a metade se concentra na cidade de Yangun, vivem na região atingida pelo ciclone, que até agora causou 23.000 mortos e 42.000 desaparecidos, segundo a mídia do país.



“A segurança alimentar, que já era precária, provavelmente se tornará grave”, adverte o plano, que foi entregue às delegações dos 192 países-membros das Nações Unidas.



A Ocha assegura que os produtos dos quais mais se precisa são alimentos, barracas de plástico, material para purificar água, recipientes de água, fogões, mosquiteiros e material médico de urgência.



As maiores verbas dentro do orçamento de US$ 187 milhões são as destinadas a alimentos (56 milhões), logística (49 milhões), refúgios (20 milhões) e saúde (15 milhões).


 


Fonte: Rádio ONU e agências internacionais