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Confiante, Lula anuncia nova política industrial para o país

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou nesta segunda-feira (12) o crescimento econômico do Brasil durante a apresentação na nova Política de Desenvolvimento Produtivo (Política Industrial), na sede do BNDES, no Rio de Janeiro, e disse que o “país

“Nenhuma nação do mundo conseguiu se desenvolver de forma vigorosa sem acreditar nas próprias forças”, afirmou Lula. “O Brasil está vivendo um novo momento, um momento de inflexão e de transformação”, completou.



Em relação às medidas que pretendem incentivar a exportação e o desenvolvimento tecnológico da indústria brasileira, o presidente disse que algumas partes virarão medias provisórias. “Provisoriamente, algumas coisas dessa política industrial terão que ser enviadas ao Congresso para virar medida provisória”.



Ainda sobre o plano apresentado nesta segunda-feira, Lula disse que o país terá que fazer muitos investimentos. “Se nós tivermos que fazer aqui no Brasil as plataformas, as sondas, os navios que nós precisamos, a indústria terá que fazer muitos e bons investimentos nos próximos anos”.



Dólar



O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou que a queda do dólar não vai impedir o crescimento das exportações brasileiras, essencial para que o país atinja 1,25% do comércio mundial em 2010. A meta é uma das quatro principais da política lançada nesta segunda-feira.



Além do aumento da participação brasileira no comércio mundial – que no ano passado foi de 1,18% – o plano prevê a elevação do investimento fixo para 21% do PIB até 2010, contra 17,6% no calendário passado, o aumento do investimento privado em pesquisa e desenvolvimento para 0,65% do PIB em 2010 e a ampliação em 10% do número de micro e pequenas empresas exportadoras, o que significaria 12.971 micro e pequenas empresas brasileiras exportando em 2010.



Para Paulo Bernardo, a tendência de queda do dólar acontece no mundo inteiro e não adiantaria o governo brasileiro tentar inverter essa trajetória. “Seria muita pretensão nossa achar que temos condições de fazer uma política cambial capaz de reverter. Possivelmente nós gastaríamos muito dinheiro e não conseguiríamos reverter a tendência de queda do dólar”, disse Bernardo. Ele lembrou que, nos últimos cinco anos, o setor exportador brasileiro vem crescendo a despeito da queda contínua da moeda americana. “Não vi ninguém dizer que quebrou por causa do dólar.”



Bernardo negou ainda que o fundo soberano, cuja criação está em estudo pelo governo brasileiro, tenha como objetivo influenciar o câmbio. Segundo ele, o objetivo do fundo será fomentar a atividade de empresas brasileiras no exterior.



O ministro minimizou também as críticas à Política de Desenvolvimento Produtivo que está sendo anunciada. Segundo ele, os que dizem que deveria haver mais investimento em infra-estrutura não fizeram esse tipo de investimento nos últimos 25 anos. “O Brasil passou 25 anos sem investimento em infra-estrutura e o PAC e essa política são tentativas”, comentou.



Da redação, com agências