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José Dirceu: caso “dossiê” revela cinismo e ódio sem limites

O ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, atacou nesta segunda-feira (12), em seu blog, a oposição e o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), que, segundo ele, esconderam informações sobre o vazamento do dossiê sobre gastos do governo FH. No texto, publicado n

Cinismo e ódio sem limites
 


O cinismo e o ódio da oposição não têm limites. Mas, registre-se, e vamos deixar isso muito claro, esses sentimentos só sobrevivem, e nessa proporção, pela conivência e apoio da nossa mídia. Agora o DEM diz que reconvocará a ministra-chefe da Casa Civil da Presidência da República, Dilma Roussef (ela esteve há menos de uma semana na Comissão de Infra-Estrutura do Senado), já que segundo os velhos pefelistas ela mentiu: saberia desde 2ª feira que o vazamento de informações do banco de dados do Ministério teria partido de um dos secretários da Casa Civil. Como vemos querem livrar a cara do seu líder, senador Agripino Maio (DEM-RN), exposto ao ridículo publicamente e desmoralizado pela pergunta canalha que fez a ministra na CPI – se ela mentiria no depoimento como mentira, sob tortura, na ditadura.


 


O absurdo dessa posição é total e maior pelo fato de a mídia, contestá-la sem questionar, uma vez que a imprensa sabe de onde e de quem partiu o vazamento ilegal e criminoso. Quem tinha a informação e não assumiu que a divulgou foi a oposição, o senador tucano Álvaro Dias (PR). Ele já afirmou publicamente – na Globo, para agradar a emissora ? – que sabia desde o início que o documento que vazou para a revista VEJA – depois noticiado, também, em outros veículos da mídia – tinha vindo da Casa Civil. Segundo ele, remetido para seu assessor André Fernandes, pelo secretário de Controle Interno do ministério, José Aparecido, o que desconfio não ser verdade.


 


Ora, então, quem mentiu todo o tempo ao país foi Álvaro Dias e a oposição, já que não é crível, nem verossímil que os líderes do DEM e do PSDB não tenham sido informados pelo tucano paranaense de toda a sua conspiração com a VEJA, com seu assessor e com o suposto informante, a ser identificado na Casa Civil. Mesmo se ficar provado que foi José Aparecido, isso não exclui Álvaro Dias, André Fernandes e a oposição de suas responsabilidades no caso, já que todo o tempo, para organizar a campanha contra o Governo e a ministra, subtraíram do país o que sabiam sobre a origem das informações ditas sigilosas, já que nunca existiu nenhum dossiê. Houve, sim, um factóide típico dos tempos em que vivemos. Um detalhe: o senador Álvaro Dias está protegido pelo mandato parlamentar de revelar a fonte de suas informações – no caso, André Fernandes – mas ele não podia vazá-las como afirma a oposição. Isso é crime e quebra do decoro, já que o sigilo não se abre – como se diz – apenas se transfere. Seu depositário (no caso, Álvaro Dias) tem o dever legal e constitucional de preservá-lo.


 


Mas isso, para a oposição brasileira virou letra morta, não vale nada quando se trata de informações, verdadeiras ou não, que possam ser usadas contra o governo e o PT.


 


Fonte: http://www.zedirceu.com.br