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Com baleia gigante Greenpeace pede aprovação de santuário

Ativistas da organização não-governamental (ONG) Greenpeace realizaram nesta segunda-feira (26) um protesto pacífico e inusitado em frente ao Palácio do Planalto. Eles tentaram colocar uma baleia inflável de 15 metros de comprimento no espelho d'água em f

Desde 1999, o governo brasileiro tenta a aprovação do santuário nas reuniões da Comissão Internacional da Baleia (CIB). O santuário impediria a caça em todo o Oceano Atlântico sul, que banha toda a costa do Brasil e da Argentina, o sul do Chile e toda a costa oeste da África.


 


Segundo a coordenadora da Campanha das Baleias do Greenpeace Brasil, Leandra Gonçalves, o projeto ainda não foi aprovado porque o Japão, que defende a caça às baleias, compra o voto de países pequenos da África que fazem parte da CIB.


 


“Eles [os japoneses] compram os votos de países africanos, como São Tomé e Príncipe, por meio de subsídios à pesca, como indústrias de gelo”, afirmou. Este ano, a reunião da CIB será realizada em junho, no Chile. De acordo com Leandra, essa será uma oportunidade para o Brasil conseguir os 55 votos de 73 países necessários para a criação do santuário.


 


“Queremos que o presidente Lula traga mais países para o nosso lado. Queremos que ele traga de fato esses países que estão sendo comprados pelo governo japonês para o lado da conservação”, disse.


 


Segundo ela, uma alternativa para conseguir esses votos é mostrar que o turismo de observação das baleias, uma atividade praticada no Brasil, rende US$ 1 bilhão por ano.


 


Os ativistas também aproveitaram o protesto na capital federal para entregar 13 mil assinaturas de brasileiros que pedem mais apoio para a criação do Santuário das Baleias do Atlântico Sul.


 


“Como já temos dois santuários vamos garantir um corredor migratório das baleias. Esperamos que o presidente e o novo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, compareçam à reunião [da Comissão Internacional da Baleia, em junho] e assumam o papel de porta-vozes da vontade da população brasileira. O Brasil pode e deve ter uma atuação positiva e diferenciada na CIB.”


 


O membros do Greenpeace entregaram o documento com as assinaturas na Presidência da República e nos Ministérios do Meio Ambiente e das Relações Exteriores.