Cebrapaz participa da Convenção Nacional de Solidariedade com Cuba

O processo revolucionário e a resistência de Cuba contra o colonialismo e o cerco imperialista é uma luta histórica que tem como protagonista o seu heróico povo, mas que tem a ver também com a solidariedade internacional e a luta pela paz mundial contr

Com foco nesses dois eixos da resolução da XVI Convenção Nacional de Solidariedade a Cuba, realizada entre os dias 21 e 24 de maio de 2008, no Rio de Janeiro, os 400 delegados representando 13 Estados brasileiros, aprovaram também um conjunto de atividades, formas de organização e instrumentos para  comunicação com a sociedade e divulgação da realidade cubana, para potencializar o movimento de solidariedade, além  da luta pela homologação dos diplomas dos bolsistas brasileiros que estudam  medicina  em Cuba.


 


São visíveis e incontestes os dados sobre o vigoroso crescimento econômico de Cuba após o denominado período especial, decorrente do bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos, que já dura quase meio século. Segundo o economista diretor do Centro de Estudos da Economia Mundial, Osvaldo Martinez, a economia cubana cresceu 11% , 12% e 7,5% nos anos de 2003, 2004, e 2005 respectivamente, sendo a maior média da América Latina. Em sua palestra Osvaldo relatou os avanços dos últimos anos na área de energia e transporte – “hoje os apagões (racionamento de energia) diminuíram em 87%, os que existem são motivados pela modernização da infra-estrutura elétrica do país que já atinge 75%”.


 


Osvaldo Martinez relata que o crescimento econômico dos últimos anos, tem possibilitado a Cuba realizar importantes investimentos na área de transporte, que tem produzido melhoras significativas, “hoje dobrou o numero de viagens feitas pelos transportes públicos no país, mais isto ainda é pouco” conclui. Outro avanço esta focado nas melhorias de infra-estrutura hidráulica, “retomamos uma obra que foi paralisada no inicio do período especial, a construção de um grande aqueduto que irá levar água das zonas mais favorecidas as regiões que sofrem com freqüência das secas”.


 


No entanto, Martinez relata que ainda existem grandes desafios a serem enfrentados, e que estão entre as prioridades do Governo cubano, entre eles cita a situação do abastecimento agrícola, da moradia e do crescimento vegetativo da população. No campo da agricultura, relatou as distintas medidas para a ampliação da produção de alimentos (hoje vista como um dos principais fatores de insegurança na ilha), “estamos ampliando a concessão de terras, realizando investimentos e diminuindo a burocracia e controles administrativos”. Os problemas de moradia e crescimento vegetativo da população somente serão resolvidos com mais crescimento econômico, afirma Martinez.


 


Durante a convenção, foi relatado pelo Cônsul Geral de Cuba, Carlos Trejo, a grande colaboração que tem desenvolvido o Governo brasileiro com Cuba. Empresas como a Petrobras, estão realizando pesquisas em águas profundas do Golfo do México, a Embrapa esta auxiliando o desafio cubano de conseguir a soberania alimentaria que necessitam, e a Vale esta realizando negócios na área de exploração de níquel, hoje o produto mais exportado por de Cuba. Trejo afirma que “Com o governo do presidente Lula, Cuba e o Brasil vivem o melhor momento de suas relações bilatérias”


 


O vice-presidente do ICAP – Instituto Cubano de Amizade com os Povos, Enrique Román, em sua intervenção afirmou, da importância do movimento de solidariedade com Cuba nesta fase da Revolução Cubana. Apesar dos avanços obtidos nos últimos anos, as ameaças de agressão continuam. Román salientou a importância dos meios de comunicação alternativos para se dar a conhecer a realidade atual vivida em Cuba e do papel que os movimentos de solidariedade jogam nesta batalha.


 


Para cumprir o seu objetivo, o ovimento acional de solidariedade a Cuba no Brasil precisa se transformar num poderoso instrumento de aglutinação dos mais amplos setores da nossa sociedade. Para tanto, é imprescindível que a organização anual das Convenções de Solidariedade tenha um caráter o mais amplo e democrático possível, permitindo a participação de todas as pessoas e organizações que querem ser solidárias com povo cubano.  A solidariedade não tem fronteiras e Cuba tem dado esse exemplo para todo o mundo.


 


A participação de apoiadores da causa Palestina na XVI  Convenção de Solidariedade a Cuba foi também  uma demonstração de que a luta desses dois povos contra a opressão deve ser uma causa comum de todos os internacionalistas  que defendem a paz, a  independência, a soberania e a autodeterminação dos povos.


 


O Cebrapaz que tem estado ao lado do povo cubano, sem tréguas nessa luta, esteve representado na XVI convenção pelo companheiro Rubens Diniz, da direção nacional, o Cebrapaz Rio além de outros companheiros dirigentes do núcleo do Cebrapaz – Bahia que participaram representando também a Associação José Martí no Estado, sendo a baiana uma das maiores delegações a Conferência.