Secretário-geral do PCP tem encontro com Niemeyer e faz palestra no Rio
O secretário-geral do PCP, Jerônimo de Sousa, e o Secretário Internacional, Ângelo Alves, em visita ao Brasil, estiveram com o arquiteto Oscar Niemeyer na manhã desta quinta-feira (12). À noite, Jerônimo deu uma palestra na Alerj, onde falou sobre a
Publicado 13/06/2008 19:30
Jerônimo de Souza e Ângelo Alves estão no Brasil desde o dia 9, cumprindo uma extensa agenda. No Rio de Janeiro, os dirigentes do PCP foram acompanhados pelo Secretário de Relações Internacionais do PCdoB, José Reinaldo, a presidente do Cebrapaz, Socorro Gomes, a presidente do PCdoB/RJ, Ana Rocha, e o Secretário Sindical do PCdoB/RJ, Fernando Nogueira.
A primeira atividade do dia foi o encontro com Oscar Niemeyer, em seu escritório, em Copacabana. Primeiramente, Jerônimo transmitiu para o arquiteto as saudações dos comunistas portugueses. O dirigente do PCP falou sobre a participação política do PCP, as questões enfrentadas pelos partidos comunistas na Europa e o avanço do fascismo no Continente.
Para Niemeyer, o momento é de resistência contra o imperialismo. Oscar ainda lembrou da boa relação com outros partidos comunistas, como o da França, onde esteve diversas vezes. O arquiteto aproveitou para elogiar o governo Lula, principalmente nas relações internacionais, pela relação próxima aos governos progressistas da América Latina, como Venezuela e Bolívia, além da relação com o governo socialista de Cuba.
Depois do encontro, os dirigentes do PCP visitaram o Museu de Arte Contemporânea (MAC) em Niterói, obra projetada por Oscar Niemeyer. No almoço de recepção também estiveram o presidente da Finep, Luís Fernandes, Jandira Feghali, o deputado estadual Fernando Gusmão, o presidente do PCdoB/Rio, Jorge Barreto, os dirigentes da CTB, Maurício Ramos e Sonia Latge, e o Secretário Estadual de Organização do PCdoB/RJ, Uirtz Sérvulo.
Palestra
Para fechar o dia, Jerônimo deu uma palestra no auditório da Alerj sobre a Revolução de 74 (revolta que derrubou a ditadura salazarista). O secretário-geral do PCP falou também de questões polêmicas, como o aborto, recentemente aprovado em Portugal. Segundo ele, da mesma forma como acontece no Brasil, há uma forte oposição da Igreja Católica, porém eles conseguiram mostrar para a sociedade portuguesa que não se tratava de um confronto com a religião, mas sim uma questão de saúde pública.
Jerônimo ainda falou sobre a crise do socialismo após o fim da União Soviética e disse que o PCP, mesmo com baixas, soube manter a unidade partidária e explicou que o partido manteve-se firme porque nunca perdeu a ligação com os operários e os trabalhadores. Por fim, Jerônimo falou sobre as contradições do capitalismo e reafirmou sua convicção no futuro do socialismo.
Do Rio de Janeiro,
Marcos Pereira