Cuba está prestes a eliminar transmissão de hepatite B
Com 17 casos reportados no ano passado e quatro em 2008, Cuba está em condições de eliminar a transmissão da hepatite B diante da efetividade de uma vacina nacional, destacaram nesta sexta-feira meios de comunicação da ilha.
Publicado 20/06/2008 20:01
Em 1992, quando todas as crianças recém nascidas começaram a ser imunizadas contra essa doença, foram reportados mais de dois mil 100 casos de pessoas doentes, lembra o jornal Granma.
“Os resultados atingidos são mostra da eficácia da vacina cubana e da estratégia de imunização que atinge de forma gratuita toda a população”, comenta o artigo.
Dados de publicações médicas citados pelo jornal apontam que uma em cada 12 pessoas padecem de hepatite B ou C, entretanto 1,5 milhões morrem a cada ano por esta infecção do fígado, causada por um vírus transmitido através do sangue e outros fluídos.
Atualmente, o maior risco de contrair a doença na ilha é por meio de relações sexuais sem proteção, quando no casal há um portador do vírus, explica a fonte.
“Cuba mantém um esquema de vacinação que inclui todos os recém nascidos, estudantes, grupos de risco como os trabalhadores da esfera sanitária e pacientes submetidos a diálises”, explica o jornal.
A produção a grande escala da vacina recombinante contra a Hepatite B, pelo Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia (CIGB), possibilitou realizar campanhas sistemáticas que permitem a imunização da população menor de 26 anos.
Como parte da estratégia para evitar o contágio da doença, que já não constitui um problema de saúde no país, toda a população da Ilha da Juventude, ao sul desta capital, está vacinada.
Igualmente foram imunizados os menores de 65 anos na província oeste de Pinar del Rio e em breve todos os residentes no território leste de Guantânamo.
O medicamento cubano é comercializado em mais de 40 países, e desde 1992 o CIGB produziu quase 157 milhões de doses para a exportação e mais de 14 milhões para o Programa Nacional de Vacinação do Ministério de Saúde Pública.
De acordo com a publicação, o resultado estabelece as bases para que nas próximas três ou quatro décadas se produza a eliminação do câncer hepático e da cirrose dependentes da hepatite B.