Chapa Marta-Aldo será lançada nesta sexta-feira
Uma reunião na tarde desta terça-feira entre os partidos do Bloco de Esquerda (PCdoB, PSB, PDT e PRB) mais o PT consolidou a união das legendas em torno do nome da ex-ministra Marta Suplicy e do deputado federal Aldo Rebelo como candidatos a prefeita e vi
Publicado 24/06/2008 21:57
Para a disputa proporcional, foi reafirmada a coligação PCdoB–PT–PRB, enquanto PDT e PSB devem ter chapa própria. Outro acerto saído do encontro é a formação de um conselho político reunindo representantes dos cinco partidos para coordenar os principais eixos da campanha e buscar ampliar o leque de apoios na hipótese de um segundo turno. Caso Marta e Aldo vençam a disputa, esse conselho vai discutir a composição do governo.
Os partidos também indicarão representantes para ajudar na elaboração do programa de governo, com base num conjunto de diretrizes aprovadas em encontro do PT e que devem ser detalhadas ao longo da campanha. Na mesma linha, o conjunto de representantes vai ajudar na elaboração do plano de metas, obrigatório por lei aprovada pela Câmara Municipal.
No domingo, às 15h, após a realização das convenções dos partidos do Bloco e do PT, haverá um ato político que marcará o final do processo de definição das alianças. O evento reunirá lideranças dos cinco partidos no Vila Country, zona oeste da capital paulista, onde também acontecerá a convenção petista.
Estiveram na reunião os representantes do PT, José Américo; do PCdoB, Julia Rolland; do PDT, Cláudio Prado; do PSB, Eliseu Gabriel; do PRB, Atílio Francisco, além do coordenador da campanha de Marta Suplicy, Rui Falcão, do PT.
Escolha acertada
Na avaliação de Julia Rolland, presidente do PCdoB na cidade de São Paulo, a escolha de Aldo Rebelo para compor a chapa com Marta Suplicy “é um aspecto extremamente positivo nesse processo de fechamento de alianças”, apesar de ter sido cheio de “pressões para que os partidos do Bloco aderissem a uma das principais candidaturas”. Para ela, “o mais importante de tudo isso é o fato de os partidos terem compreendido a necessidade de se construir um novo pólo de forças em São Paulo”.
De acordo com a dirigente comunista, “embora não tenhamos conseguido chegar até o fim para apresentar uma alternativa do Bloco para a população de São Paulo, demos um passo importante ao manter as legendas unidas”. É um processo político inacabado que, segundo Julia, “ainda pode ser amadurecido em pleitos futuros no sentido de se construir opções de esquerda para a cidade e para o estado”.
Julia salientou ainda que a fase atual de diálogo entre os partidos que compõem o Bloco e o PT resultaram num cenário inédito. “Pela primeira vez, o conjunto dos principais partidos de esquerda sairá junto em São Paulo e isso pode indicar o reposicionamento das forças políticas também no nível nacional”.
Com relação à não adesão do PT carioca à candidatura de Jandira Feghali, Julia explicou que “o PCdoB esperava que o acordo em São Paulo inspirasse o PT do Rio e os outros partidos do Bloco a se unirem em torno de Jandira”.
A convenção do PCdoB acontece neste domingo, 29, a partir das 8 horas, na rua Serra do Japi, 31, Tatuapé. Na ocasião, serão deliberadas e aprovadas as coligações majoritária e proporcional. A expectativa do comitê municipal é que cerca de mil militantes participem da convenção.
De São Paulo,
Priscila Lobregatte