TRABALHADORES DE AUTO-ESCOLA FECHAM SEU PRIMEIRO ACORDO COLETIVO

Os instrutores de auto-escola após manifestação realizada na porta do DETRAN/PA, com paralisação das atividades pela parte da manhã arrancam acordo salarial e fazem com que os patrões recuem

Durante muitos anos a categoria vem sendo tratado em condições desumanas, onde as empresas não cumprem as mínimas condições da legislação social e trabalhista. Trabalham sem carteira assinada, sem direito a férias, licença-saúde, vale transporte, ou seja nada tem de direitos.



Este ano, após a criação do Sindicato dos Trabalhadores filiado à CTB e dirigido por Clodoaldo Costa, a conversa mudou. Após muita pressão dos trabalhadores os patrões recuam e aceitam a proposta de pagar o valor de hora-aula a R$ 4,00, mas com a garantia de um piso salarial mínimo de R$ 550,00.



A situação anterior era de hora-aula de R$ 3,00, sem qualquer piso salarial. Havia casos de trabalhadores que, ao final de um mês de trabalho recebiam até R$ 140,00 de salário.



Ao mesmo tempo o Sindicato patronal assinou pré-acordo assegurando que nenhum trabalhador permanecerá sem seus direitos assegurados. Todos terão suas carteiras assinadas e direitos sociais e trabalhistas garantidos, assim como se definiu a data-base para agosto de cada ano.



Na avaliação de Clodoaldo, presidente do Sindiauto foi um acordo que “se não atende todas as nossas necessidades é um avanço para o quadro atual da categoria”. O sindicalista Marcão Fonteles, presidente licenciado da CTB, que vem acompanhando as negociações da categoria registrou que o “avanço conquistado foi a organização dos trabalhadores, o reconhecimento do Sindicato e a saída da situação de escravidão a que são submetidos os trabalhadores de auto-escola. A luta vai prosseguir agora, em melhores condições com o sindicato reconhecido e data base estabelecida.”


 



De Belém (PA)



Francy Santos