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Construção cresce e leva capacidade instalada a recorde

Com o boom do mercado imobiliário e o aumento dos investimentos em infra-estrutura, a construção civil intensificou o ritmo de crescimento neste ano, podendo fechar 2008 com expansão na casa de 10% – o dobro dos 5% do ano passado. O forte avanço deve ajud

Nos 12 meses até julho, o Índice Nacional do Custo da Construção de Mercado (INCC-M) subiu 10,01%, com variação de 10,96% de materiais e serviços e 8,95% de mão-de-obra.



O desempenho do segmento neste ano é impressionante. De janeiro a junho, a produção de insumos típicos para a construção civil cresceu 9,9% em relação ao primeiro semestre de 2007. No mesmo período, o faturamento da indústria de materiais de construção cresceu 28,2%, segundo números da associação do setor (Abramat).



Com uma expansão tão forte, o nível de utilização de capacidade instalada do segmento de material de construção cresceu com força. Segundo números da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Nuci atingiu 89,7% em julho, na série com ajuste sazonal, o nível mais alto desde o começo da série, em 1998. Num cenário de demanda forte e aumento de custos, aumentam os riscos de pressão sobre os preços.



O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de São Paulo (Sinduscon-SP), João Cláudio Robusti não vê uma situação preocupante em termos de oferta. Pode haver problemas pontuais, mas nada sistemático, acredita ele. “Com planejamento, é possível trabalhar sem grandes dificuldades.” Robusti diz que a falta de engenheiros tem sido em parte resolvida com a contratação de aposentados e até mesmo com a “importação” de profissionais de outros países. Ele se diz otimista quanto às perspectivas para o setor neste ano, mas diz que o aumento da inflação e a alta dos juros já provocam alguma cautela no segmento, tanto por parte de incorporadoras e construtoras como por parte dos consumidores. Ainda assim, acredita em alta de 10% para a construção em 2008.



Fonte: Valor Econômico