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Argentina condena à prisão perpétua militares da ditadura

Os ex-generais argentinos Antonio Bussi e Luciano Menéndez foram condenados na última sexta-feira (29) à prisão perpétua pelo seqüestro, torturas e desaparecimento do senador peronista Guillermo Vargas Aignasse, durante a última ditadura militar na Argent

Essa é a primeira condenação por crimes de lesa-humanidade recebida por Bussi, de 82 anos, que foi governador da província de Tucumán (noroeste da Argentina) durante o regime militar e a democracia (1995-1999). No entanto, o Tribunal Oral Criminal Federal de Tucumán concedeu o benefício da prisão domiciliar a Bussi, gerando confrontos entre membros das forças de segurança e de organizações humanitárias e partidos de esquerda.



Durante o julgamento, os militares se justificaram dizendo que suas práticas no poder faziam parte de uma “guerra contra a subversão marxista”. Eles também são indiciados por centenas de crimes de lesa-humanidade. Em sua fala, Bussi sustentou que a detenção de pessoas depois do golpe de 24 de março “somente tinha como objetivo neutralizar possíveis opositores à consolidação política da Junta de Comandantes, e não torturá-los nem, muito menos, matá-los”.



Luciano Benjamín Menéndez insistiu que a Argentina “padeceu uma guerra, de 1960 em diante, impulsionada pela subversão, contra governos de todos os símbolos políticos”.



Bussi já havia admitido perante o tribunal, em 8 de agosto, que as acusações feitas a ele por vítimas sobreviventes, familiares de desaparecidos e mortos e organismos de direitos humanos sobre o terrorismo de Estado no país, eram certas.



Fonte: Brasil de Fato