Após furacão Ike, Brasil enviará ajuda à Cuba e ao Haiti

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou aos seus ministros nesta terça-feira (9), durante a tradicional reunião de coordenação política, que façam uma força-tarefa para ajudar o Haiti e Cuba, países atingidos pelo furacão Ike. Ainda nesta semana

Lula telefonou para o presidente de Cuba, Raúl Castro, e conversou por cerca de uma hora a respeito da passagem do furacão pelo país. Nesse período, segundo auxiliares da presidência da República, o presidente mais ouviu do que falou e ficou “muito preocupado” com o relato dos estragos.


 
Depois do telefonema, Lula convocou uma reunião de emergência com representantes dos ministérios de Relações Exteriores, Integração Nacional, Minas e Energia, Agricultura e Saúde. Segundo o ministro de Relações Institucionais, José Múcio, a reunião de coordenação foi ampliada para se discutir providências em relação à ajuda humanitária.



O assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, também telefonou para o presidente do Haiti, René Preval, e ouviu um relato sobre a situação do país. No sábado (6), o Brasil já havia doado US$ 100 mil para o governo haitiano por conta da destruição provocada pelos furacões Gustav e Hanna, que atingiram o Haiti na semana passada.



O governo ainda não tem uma estimativa clara de quantas toneladas de alimentos e medicamentos serão enviados para esses países, mas trabalha para que os produtos cheguem ao destino o mais rápido possível.



Cuba e Haiti pediram também ajuda para reconstruir pontes e redes de energia. O Brasil está disposto a ajudar na infra-estrutura também, mas ainda espera os relatórios de destruição dos países e a relação de materiais necessários.
 


“Quadro horroroso”
 


O quadro apresentado pelo presidente de Cuba foi horroroso”, disse Múcio sobre a conversa de Lula com Castro. Segundo ele, o ministro interino das Relações Exteriores, embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, disse que os países não querem dinheiro, “porque não sobrou nada para comprar”, relatou Múcio.



Além dos ministros escalados de última hora para a reunião de coordenação, participaram o vice-presidente José Alencar, os ministros da Justiça, Tarso Genro, da Casa Civil, Dilma Rousseff, da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Paulo Bernardo.



Fonte: G1