Países latino-americanos reforçam apoio a Evo Morales

Os países latino-americanos reforçam o apoio ao presidente da Bolívia, Evo Morales, e condenam os ataques da oposição naquele país. Brasil, Argentina e Venezuela foram os primeiros a se posicionarem a favor de Morales. Na quinta-feira (11), foi a vez d

Os governos latino-americanos decidiram reforçar os apoios após o recrudescimento dos conflitos na Bolívia. Desde o início da semana, grupos ligados aos cinco estados que fazem oposição a Morales realizam saques e depredações em diversas cidades e ainda explodiram tubulações que levam gás a países vizinhos, como o Brasil.


 


Na madrugada de sexta-feira, grupos de oposição entraram em confronto com indígenas que apóiam Morales no estado de Pando. Até a tarde, estavam confirmadas 14 mortes, mas as autoridades bolivianas afirmam que o número de mortos e feridos pode subir.


 


Em entrevista à rede Telesur, o chanceler venezuelano Nicolas Maduro criticou a oposição boliviana por provocar os ataques e até mesmo os assassinatos. Também reforçou a denúncia do presidente Hugo Chávez de que os Estados Unidos é responsável pelo conflito na Bolívia.


 


“Sete de cada dez bolivianos ratificaram recentemente em plebiscito o governo de Evo Morales. No entanto, já vimos que essa combinação contra Morales se une a uma linha que emana da Casa Branca para desestabilizar a região”, disse.


 


Na quinta-feira, o presidente Hugo Chávez deu 72 horas para que o embaixador dos Estados Unidos deixe a Venezuela em apoio a Morales. Um dia antes, o presidente da Bolívia já havia expulsado de seus país o embaixador norte-americano, Philip Goldberg, que tem estrita ligação com o Departamento de Estado norte-americano e com a CIA.


 


Santa Cruz, Chuquisaca, Beni, Tarija e Pando são os estados mais ricos da Bolívia e de forte oposição ao presidente Evo Morales. Eles não aceitam que as verbas do Imposto Direto sobre Hidrocarbonetos (IDH), principal imposto petrolífero do país, sejam destinadas ao aumento da pensão dos idosos. Também se opõem ao projeto de uma nova Constituição defendida por Morales.


 


 


Agencia Chasque