Bolívia: Evo inicia campanha pelo “sim” à nova Constituição

Evo fez seu pronunciamento público após assinar a lei de convocação à consulta popular ao final de uma tensa vigília que começou ao meio-dia de segunda-feira e que foi concluída após 18 horas ininterruptas de sessão.

“A partir deste momento começamos a campanha para aprovar com 100% a nova Constituição”, proclamou Evo à multidão que gritava “Evo, amigo, o povo está contigo”.

“Este processo de mudança é sem retorno, digam o que disserem, façam o que fizerem. Não voltará mais o neoliberalismo. E para que não volte, melhoramos a Constituição”, afirmou Morales, sobre as mudanças discutidas no Congresso.

O acordo que foi conseguido no Congresso estabelece que em dezembro de 2009 será convocada eleição geral para formar, dentro das novas normas constitucionais, os poderes executivo e legislativo.

Evo destacou que o projeto “respeita a propriedade privada, mas não perdoa os corruptos. Quem roubou antes, tem que ir para a prisão”. O presidente revelou que teve que interceder pessoalmente para evitar que “camponeses com seus chicotes e os mineiros com as dinamites” invadissem o Congresso nesta madrugada para desalojar por força os opositores que impediam a convocação do referendo.

Nesse sentido, Evo elogiou a paciência com a qual a multidão concentrada desde segunda-feira esperou que o congresso aprovasse a lei de convocação do referendo.

Segundo o vice-presidente, Álvaro Garcia Linera, o projeto de Constituição que irá a referendo têm quatro pilares: garante a igualdade de todos os bolivianos, reconhece diversas formas de trabalho e produção, reconhece três níveis de autonomias e garante o direito à propriedade privada.

Da redação, com informações da Ansa Latina