Sem categoria

Rússia: comunistas repudiam Plano de Orçamento trienal

O Partido Comunista da Federação Russa (PCFR) reafirmou sua oposição ao Plano de Orçamento fiscal trienal 2009-2011, que projeta um enorme superávit e menos gastos estatais, segundo a organização.

Ao expor a posição da segunda força política nesta segunda-feira (3), o deputado Vladimir Kashin reiterou que os comunistas novamente votaram contra o documento, aprovado pela Duma (câmara baixa) em terceira leitura, praticamente sem nenhuma modificação.



Kashin disse que só o desenvolvimento da produção, as prioridades sociais e ecológicas salvarão o país da inflação e da alta galopante dos produtos de primeira necessidade.



O parlamentar da bancada comunista disse que dada a situação atual “é incompreensível que se projete um superávit ao nível de quase dois trilhões de rublos (US$ 80 bilhões).



Kashin acrescentou que o governo desembolsa milhões de rublos para salvar hoje os bancos, enquanto com trabalho se coletaria o dinheiro necessário para renovar a decaída agricultura.



Segundo a bancada comunista, a estes problemas somam-se a ausência de uma segurança alimentar como política de Estado e a complexa problemática que afeta as Forças Armadas.



Antes da votação do plano orçamental trienal, em 31 de outubro na câmara baixa, o PCFR solicitou ao comitê parlamentar que cuidava do caso uma atualização por parte do governo sobre o estado dos compromissos financeiros internacionais da Rússia.



A terceira leitura do plano fiscal, a julgar por fontes legislativas, resultou uma questão técnica, pois os principais parâmetros do orçamento não sofreram modificações nos anteriores rascunhos.



De acordo com o texto, prevêem-se para 2009 rendimentos aos cofres públicos na ordem de 10,927 trilhões  de rublos (cerca de US$ 40 bilhões), equivalentes a 21,2% do Produto Interno Bruto (PIB).



Os gastos estão calculados em uns 9,24 trilhões de rublos (pouco mais de 360 bilhões de dólares), 17,5% do PIB, com um projetado superávit de 1,9 trilhões de rublos.



Analistas sustentam que devido à elevada volatilidade dos preços do petróleo os parâmetros fundamentais do orçamento aprovados em setembro não correspondem com as realidades atuais.