Dnocs executa 2ª etapa dos Tabuleiros e Platôs

Com o objetivo de fazer o aproveitamento hidroagrícola por irrigação em áreas pré-selecionadas, o Projeto Tabuleiros Litorâneos, localizado nos municípios de Parnaíba e Bom Princípio, está na segunda fase de construção. A obra é executada pelo Departament

Segundo José Carvalho, diretor do Dnocs, a primeira fase do Tabuleiros Litorâneos funciona com um total de 2.445 hectares de área irrigada e com a conclusão da segunda etapa, essa área chega a 5.700 hectares. “Como há a presença de muitos irrigantes familiares, que cultivam área de 8 a 12 hectares, o Dnocs faz a entrega de todo o sistema de irrigação pronto, o que implica em maior investimento”, diz.



José Carvalho informa que o diferencial do Projeto Tabuleiros Litorâneos é a produção de frutas, tendo a acerola como carro-chefe, seguidos da goiaba, coco, caju e melancia. “Desde 2005, esses agricultores irrigantes trabalham com cultura orgânica, o que torna o produto mais valorizado no mercado e toda acerola produzida é vendida antecipadamente para uma indústria de vitamina C”, informa.



Da forma como está funcionando, o projeto cria 750 empregos e com a conclusão da segunda etapa serão criados mais 20 mil empregos.



José Carvalho diz que Tabuleiros Litorâneos e Platôs de Guadalupe consistem em dois grandes pólos de desenvolvimento, cujo objetivo é criar uma área de excelência semelhante a Juazeiro, na Bahia, e Petrolina, em Pernambuco.



As obras começaram ainda no governo Sarney e em ambos os projetos funcionam somente com a conclusão da primeira etapa. Em Platôs de Guadalupe a primeira etapa abrange uma área de 3.186 hectares e a segunda etapa, em fase de construção, tem 10.500 hectares.



“Essas áreas viabilizam como pólo de desenvolvimento e emprego, proporcionam desenvolvimento e atraem o setor da indústria de beneficiamento de sementes e de alimentos para as regiões onde estão localizadas.



José Carvalho diz que, no caso de Platôs de Guadalupe, serão investidos R$ 144 milhões do PAC e a previsão é de que todo o projeto seja concluído em 2011.



Atualmente, a área agricultável do Platôs de Guadalupe produz banana que, aliás, já é exportada para outros Estados; coco, maracujá, goiaba e melancia. “O Piauí já é conhecido como Estado exportador de melancia”, explica.



Ao ser concluído, o Platôs de Guadalupe vai criar mais de 20 mil postos de trabalho e desenvolver o comércio local.



Perímetros irrigados recebem recursos



José Carvalho também destacou os perímetros irrigados localizados em Lagoas (Luzilândia), Vale do Gurguéia (Alvorada do Gurguéia), Caldeirão (Piripiri) e Fidalgo. Neste ano, ele declara que o Dnocs recebeu recursos na ordem de R$ 1,2 milhão que serão usados no apoio à produção nesses perímetros de irrigação.



Segundo José Carvalho, todo ano é feito um investimento para manter essas unidades produtivas, que são executadas por cooperativas, associações de irrigantes e distritos de irrigação.



“O Dnocs tem uma atuação muito forte na área de piscicultura”, diz, citando como exemplo a Estação de Piscicultura Ademar Braga, no Caldeirão, em Piripiri, que hoje produz 10 milhões de alevinos. Antes essa produção, em 2004, era de 3,5 milhões de alevinos, mas com investimentos que ampliou a produção e melhorou a qualidade genética, essa produção foi bastante ampliada e hoje há também uma diversificação de espécies, sem deixar de lado as espécies nativas como carpa, curimatá, piau, dentre outros tipos.



Com esse trabalho, o Dnocs é responsável pelo repovoamento dos açudes públicos com as espécies nativas de peixe.