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Um sábado pela paz: manifestações pelo mundo condenam Israel

Centenas de milhares de pessoas foram às ruas neste sábado (10), em várias cidades do mundo, para protestar contra a criminosa ação militar israelense na Faixa de Gaza. Só no Reino Unido, grupos pacifistas e de solidariedade aos palestinos organizaram pro

O protesto londrino — liderado por artistas e políticos de esquerda — seguiu do Hyde Park para a Embaixada de Israel, onde a polícia impediu o avanço dos manifestantes, dando origem a pequenos confrontos. Do ato — que pedia a aplicação imediata do cessar-fogo aprovado pela ONU —, participaram judeus, muçulmanos, estudantes, sindicalistas, celebridades e políticos, como o ex-prefeito londrino Ken Livingstone.


 


Centenas de policiais guardavam a segurança do lado de fora da embaixada, onde cerca de 200 manifestantes chegaram mais perto do prédio. Quinze pessoas foram presas, e a vitrine de um café Starbucks foi quebrada. Mas, na maior parte do dia, as manifestações foram pacíficas.


 


Ainda no Reino Unido, também houve protestos em Edimburgo e Aberdeen (Escócia), Belfast (Irlanda do Norte), Newcastle e Southampton (Inglaterra). Em Edimburgo, cerca de 300 sapatos foram atirados por manifestantes contra o consulado dos Estados Unidos. Os manifestantes pediam uma postura mais forte do governo britânico na condenação dos ataques.


 


Na França, as manifestações pelo país reuniram mais de 120 mil pessoas — sendo 30 mil na capital, Paris. Várias personalidades dos partidos de esquerda participaram dos protestos, ao lado da delegada da Palestina na França, Hind Koury, que exigiu da ONU a imposição de “sanções contra o governo de Israel”.


 


Foi em Paris que se gritou: “Somos todos crianças de Gaza”. As pessoas chegaram a se deitar no chão, pedindo paz. Os protestos espalharam-se por todas as principais cidades da França, como Lille (com 10 mil pessoas), Lyon (5 mil), Marselha e Lille (4 mil em cada uma).


 


Na cidade francesa de Nice, a polícia lançou bombas de gás lacrimogêneo e deteve vários jovens durante outra manifestação contra a ofensiva militar israelense. O protesto reuniu cerca de 2.500 pessoas, na principal avenida da cidade, a Jean Medecin, o que levou o comércio a fechar suas lojas.


 


Um jornalista da AFP viu a prisão de pelo menos quatro jovens, mas não há informações sobre feridos. Em meio ao tumulto, jovens destruíram a fachada de vidro de uma lanchonete do McDonald's, lançando cadeiras e mesas do próprio estabelecimento que estavam na calçada.


 


Na Itália, milhares de pessoas — incluindo palestinos que vivem no país — protestaram nas cidades de Milão, Turim e Veneza contra a operação militar em Gaza. Aos gritos de “Israel terrorista” e “Palestina é nossa terra”, a manifestação em Milão, convocada por partidos e organizações de esquerda, reuniu ainda centenas de mulheres e crianças.


 


Em Turim, os manifestantes tentaram hastear uma bandeira palestina diante da prefeitura da cidade e queimaram uma bandeira israelense em frente à sede da associação Itália-Israel. Em Veneza, cerca de 400 pessoas desfilaram pelas ruas da cidade para apoiar a população de Gaza, atendendo a um chamado da Refundação Comunista.


 


Na Alemanha, cerca de 24 mil manifestantes protestaram em diferentes cidades, incluindo Duisburgo, onde 10 mil pessoas — a maioria da comunidade turca — foram às ruas. O ato em Duisburgo foi contra a violência e o bloqueio econômico a Gaza. Houve protestos também na capital Berlim — onde mais de 8 mil pessoas fizeram uma passeata — e em outras quatro cidades.


 


As populações de Atenas, Budapeste e Sarajevo também fizeram protestos contra a ação israelense em Gaza. Na capital grega, manifestantes seguravam fotografias de crianças palestinas feridas pelos bombardeios israelenses. Em Barcelona (Espanha), 30 mil foram às ruas protestar.


 


Na cidade suíça de Berna, ao menos 7 mil pessoas participaram de um protesto contra a ação israelense, liderado por três deputados suíços de esquerda. A manifestação cruzou o centro da cidade e foi até a praça da catedral, para exigir o fim da agressão israelense, a suspensão do bloqueio imposto à Faixa de Gaza e o fim da colaboração militar entre a Suíça e Israel.


 


Ocorreram manifestações ainda em países como Áustria, Suécia e Noruega. Em Oslo, os protestos acabaram em incidentes entre manifestantes e policiais, que utilizaram bombas de gás lacrimogêneo. Em Estocolmo, entre 4 mil e 5 mil pessoas se reuniram diante da embaixada de Israel, gritando frases como “Fechem a embaixada” ou “Longa vida à Palestina”.


 


Na Austrália, centenas de manifestantes atiraram sapatos contra o prédio da embaixada israelense em Camberra. Em Nabatiyeh, no sul do Líbano, cerca de 20 mil pessoas acompanharam um comício promovido pelo Hizbollah, que lutou contra Israel em 2006 e agora apóia o Hamas.


 


Em Argel (Argélia), cerca de 60 mil manifestantes protestavam no bairro de elite El Biar, onde estão as embaixadas dos Estados Unidos e do Egito — alvo de crítica no mundo islâmico, que acusa o Cairo de conivência com a ação israelense. Houve protestos ainda na Malásia.