Bahia tem programa de proteção social para moradores de rua
A Bahia já conta com uma política específica de atendimento à população em situação de rua. Lançado em dezembro de 2008, o programa Bahia Acolhe oferece um conjunto de ações de assistência social a este público, que convive diariamente com a pobreza e a v
Publicado 19/01/2009 17:43 | Editado 04/03/2020 16:21
Entre as iniciativas está a implantação das centrais de acolhimento, chamadas Portal Bahia Acolhe, caracterizadas como unidades de referência para a população em situação de rua, fazendo os encaminhamentos para a rede de proteção social. A primeira central, que fica no bairro da Boca do Rio em Salvador, já foi inaugurada. Outras duas unidades serão instaladas ainda este ano na capital: em Ondina e na região da Cidade Baixa.
De funcionamento ininterrupto, o portal oferece aos usuários acesso à alimentação, higienização, serviços de enfermagem e abrigamento provisório, se necessário. O trabalho é executado por uma equipe multiprofissional, de forma individualizada. Estão integrados ao programa diversos órgãos da rede de serviço governamental, para que assim seja garantida a assistência integral aos usuários. “A ação inclui também a ampliação de vagas para abrigamento em organizações da sociedade civil. Para isso, foram firmados convênios com instituições que já atuam na área”, informou a coordenadora do Bahia Acolhe, Juvenilda Carvalho.
A operacionalização acontece com a participação dos chamados agentes de proteção social, que fazem a vigilância das situações de risco e vulnerabilidade, identificando os locais de maior incidência dessa população. O programa funciona com abrangência estadual, podendo ser acessado pelas prefeituras, que para isso terão responsabilidades específicas, a exemplo do acompanhamento das famílias das crianças, adolescentes e adultos atendidos.
Até o final deste ano, somente em Salvador, o Bahia Acolhe terá investimento de R$ 12,6 milhões do Governo do Estado. Os recursos são destinados à contratação de educadores sociais, que farão o trabalho de educação de rua em 11 áreas de Salvador, aquisição de veículos, reforma física e compra de equipamentos para implantação de novas centrais de atendimento.
Em 2007, o MDS fez uma pesquisa sobre a população em situação de rua de Salvador e Feira de Santana, identificando um total de 3.289 e 237 pessoas, respectivamente. Em Salvador, a proporção de 0,114 desse grupo social, em relação à população total, foi a maior verificada dentre as cidades pesquisadas, o que correspondeu a 0,061%.
Fonte: Agecom Bahia