Trabalhadores da Bahia protestam contra juros altos e desemprego
Decididos a não pagar a conta da crise financeira mundial, centrais sindicais, sindicatos e entidades do movimento popular realizam protesto nesta quarta-feira (21/1) contra os juros altos, o desemprego e os efeitos da crise econômica. A manifestação acon
Publicado 19/01/2009 17:01 | Editado 04/03/2020 16:21
O protesto é parte das ações propostas no Pacto de Ação Sindical, elaborado pelas principais sindicais do país, na semana passada, com objetivo de pressionar os governos federal, estaduais e municipais para adotar medidas sociais contra o desemprego. No documento, as centrais defendem mais uma vez, a redução da jornada de trabalho e mais compromissos dos governos. Exigem, por exemplo, que empresas e setores econômicos beneficiados com recursos públicos apresentem contrapartidas sociais, como a garantia de emprego para seus funcionários.
O presidente da CTB Bahia, Adilson Araújo, é enfático em afirmar que o argumento da crise para as demissões em massa não convence os trabalhadores. “Continuaremos reivindicando melhorias nas condições de trabalho, e, sobretudo, emprego, porque somos testemunhas que as produções em larga escala beneficiaram apenas aos patrões. Por isso defendemos que os ricos paguem a crise gerada pela ganância dos altos lucros e da especulação no sistema financeiro”, declarou.
O ato de quarta-feira tem por finalidade pressionar o Comitê de Política Monetária (Copom), reunido em Brasília, a reduzir a taxa de juros (Selic), condição considerada indispensável pelos trabalhadores para a geração de mais empregos no país. “Estamos mobilizados em todo o Brasil e acreditamos que só a unidade da classe trabalhadora e ações pontuais como manifestações de massa e paralisações mostrando nossa indignação podem impedir que o ônus da crise recaia sobre nossos ombros. Iremos às ruas para exigir uma redução da taxa básica dos juros, que atualmente está em 13,75%, porque para nós é necessário evitar as conseqüências da crise combatendo suas causas, entre elas, os juros altos,” concluiu Adilson Araújo.
De Salvador,
Eliane Costa