Sindicato dos Médicos: Nova gestão lutará por integração social

Eleição da diretoria do Simec será dia 18. A nova diretoria já planeja um seminário, no segundo semestre deste ano

O salário e as condições de trabalho são pauta de discussão em toda entidade de classe. Mas abrir o debate para o campo social e para questões que vão além das necessidades imediatas da categoria também é necessário. Com essa perspectiva, a chapa única “Conquistas e Lutas” concorre, no próximo dia 18, à direção do Sindicato dos Médicos do Estado do Ceará (Simec).


 


A nova diretoria já planeja um seminário, no segundo semestre, sobre Violência e Saúde Pública. A idéia é integrar médicos e outras representações em benefício de bens comuns: melhoria do atendimento em saúde, da qualidade de vida e combate ao uso do álcool, substância quase sempre associada a acidentes de trânsito cujas vítimas lotam hospitais.


 


O presidente da chapa é o médico cirurgião e ex-vereador José Maria Pontes, sendo que há ainda outros três ex-presidentes da entidade no grupo, o atual presidente Tarcísio Dias, Terezinha Braga Monte e Fátima Dias. Segundo José Maria Pontes, que foi vereador por dez anos e pautou os mandatos na cobrança de ações voltadas para a saúde, o seminário deve reunir representantes do Executivo, do Judiciário, Legislativo e do Ministério Público, devido à importância do tema.


 


Sobre o trabalho médico, Pontes considera que houve melhorias com a implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) de Fortaleza e do Estado. Enquanto na Capital o salário-base passou de cerca de R$ 600,00 para R$ 1,7 mil, o servidor estadual teve o vencimento inicial acrescido de R$ 2 mil para R$ 2,2 mil.


 


Uma das lutas agora, como adianta o médico, é implantar PCCS em outros municípios. Segundo ele, já há negociações com Maracanaú, Caucaia e Juazeiro do Norte. Com esse trabalho, Pontes acredita que o médico ficará mais motivado a se estabelecer no Interior. Hoje, pelo menos 60% dos 11.500 médicos do Ceará estão lotados em Fortaleza. Do total, 3.500 são sindicalizados.


 


Por isso, outra meta da chapa é interiorizar o sindicato. “Com boas condições de trabalho, possibilidade de crescer na carreira e estabilidade, muitos médicos vão querer se estabelecer no Interior”.


 


Embora a eleição seja só dia 18, até as 18 horas do dia 8 de fevereiro o sindicato recebeu votos por correspondência. Médicos puderam mandar a cédula em envelope lacrado. No dia da eleição, o material será aberto às 20 horas, quando começará a apuração. A urna no sindicato funcionará até 20 horas. As outras — no Conselho Regional de Medicina, nos hospitais Geral (HGF), de Messejana, IJF, Albert Sabin, César Cals, São José, Santa Casa e na Faculdade de Medicina — receberão votos até 17 horas.