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Democracy Now: Orçamento de Obama volta a taxar os ricos

A Democracy Now, rede americana de 750 rádios e TVs comunitárias de tendência progressista, comentou com simpatia o projeto de orçamento apresentado nesta semana pelo presidente Barack Obama. Orçamento de US$ 3,55 trilhão de Obama revoga as isenç

O presidente Obama anunciou um orçamento de US$ 3,55 trilhão para o próximo ano fiscal (que começa em setembro). Na quinta-feira, Obama disse que o plano inclui a redução de impostos para os americanos de baixa renda e a regogação das isenções fiscais dadas aos mais ricos pela administração Bush.




Obama disse: ''Não haverá nenhuma parte do meu orçamento, que não será analisada ou que não será afetada pela reforma. Devemos denunciar os contratos sem licitação, que levaram ao desperdício de bilhões de dólares no Iraque, e as reduções de impostos para empresas que criam postos de trabalho no estrangeiro. Pouparemos bilhões de dólares através da redução dos cortes fiscais para os americanos mais ricos, enquanto reduziremos os impostos sobre a classe média e os 95% de famílias de trabalhores.''



As grandes empresas e os americanos abastados vão sofrer um aumento de impostos num total de quase US$ 2 trilhões nos próximos dez anos. O imposto estatal também será mantido, frustrando a tentativa de revogação feita pela administração Bush. A receita extra ajudariam a pagar um fundo de reserva de US$ 634 bilhões destinado, de acordo com Obama, a universalizar os serviços de saúde.




O presidente Obama disse: ''Com este orçamento, estamos assumindo um compromisso histórico em favor de uma reforma global do sistema de saúde. É uma medida que não só fará com que as famílias sejam mais saudáveis e as empresas mais competitivas, mas, a longo prazo, também  nos ajudará a reduzir o nosso déficit. ''



O orçamento fiscal incluirá custos da guerra



O plano prevê que o déficit dos EUA aumentará para US$ 1,75 trilhão. Outra mudança é que o financiamento da guerra será incluído no orçamento fiscal, em vez de ser considerado uma despesa complementar. Obama disse que a anterior exclusão dos custos da guerra dos planos de orçamento resultaram em uma ''contabilidade desonesta''.



O novo presidente pretende destinar UIS$ 130 bilhões para a ocupação do Iraque e do Afeganistão em 2010. Ele disse que esse número vai diminuir quando os EUA retirarem as tropas do Iraque, em 2011. No total, Obama propõe um aumento de 4% nos gastos militares, de US$ 513 para  US$ 534 bilhões.



Outras rubricas orçamentárias incluem cerca de US$ 250 bilhões de fundos adicionais para salvar bancos; e o fim dos subsídios agrícolas para os agricultores com renda acima de US$ 500 mil por ano. No documento com a proposta de orçamento, Obama culpou as políticas de Bush e o comportamento imprudente de Wall Street pela crise económica.




Obama disse: ''Chegamos a este ponto como resultado de uma era de grande  irresponsabilidade que afundou as instituições tanto privadas como públicas, devido a alguns executivos de nossas maiores empresas e a pessoas no poder em Washington.''



Fonte: http://www.democracynow.org/