“Aliança espúria” deu a Collor presidência de Comissão, diz Mercadante

“O PMDB lamenta a condução política desse processo, que levou dois quadros competentes como a senadora Ideli e o senador Fernando Collor a disputar a Comissão de Infraestrutura, quando há outras 11 comissões igualmente com peso político e representatividade importante para o funcionamento da Casa”, afirmou.

A disputa pelo comando da comissão que trata de temas importantes como o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e a exploração de petróleo paralisou os trabalhos na Casa durante todo o mês de fevereiro. Nesta quarta, Collor derrotou a adversária Ideli por um placar apertado, de 13 votos a 10.
 

O novo presidente da comissão rebateu as críticas. “Relação espúria não, foi um acordo inteiramente aberto que todo mundo participou, todo mundo soube. O senador Aloizio Mercadante precisa medir um pouco suas palavras para respeitar seus companheiros aqui do Senado”, reclamou.
 

O líder peemedebista minimizou seu papel na articulação da candidatura de Collor. “Nós fizemos uma composição para todas as comissões técnicas com relação a participação do PMDB, inclusive para a infraestrutura, mas também para outras comissões”, disse Renan Calheiros.

“Talvez a minha forma apaixonada e corajosa de fazer política tenha me angariado simpatias e não tanta simpatia”, disse Ideli, ao defender sua candidatura. Ela destacou ainda o critério da proporcionalidade, ressaltando que o PT tem o direito à quarta escolha nas comissões.

Inicialmente, a disputa de Fernando Collor era pela presidência da Comissão de Relações Exteriores, com o tucano Eduardo Azeredo (MG). A mudança de foco de Collor para a Infraestrutura teria sido articulada pelo PMDB, para evitar uma disputa direta com entre a base aliada do governo e a oposição. Azeredo foi eleito para a CRE por 18 votos a 1 e fez um agradecimento a Collor em seu discurso, já como presidente da comissão.

Da redação,
com agências