Sindicalistas cobram garantias de emprego
O ato realizado, na manhã desta segunda-feira (30), em frente à sede da Fiepe, em defesa do emprego e dos direitos sociais foi um sucesso. A CTB e demais centrais que organizaram a mobilização consideram que esta foi uma das atividades mais representat
Publicado 31/03/2009 18:11 | Editado 04/03/2020 16:58
Com bandeiras e carro de som, muitos sindicalistas, trabalhadores e membros de movimentos sociais lotaram a entrada da Fiepe (Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco) e marcaram o Dia Nacional de Luta em Defesa do Emprego e Direitos Sociais. Eles reivindicaram a garantia de seus postos de trabalho que estão ameaçados ante a crise econômica que abala o mundo.
De acordo com os organizadores da mobilização, este mesmo ato aconteceu nas principais capitais brasileiras, reunindo mais de 100 pessoas em torno dessa luta. “Há algum tempo, não víamos uma atividade sindical tão representativa quanto esta. Pairou um forte sentimento de unidade e ele tende a perdurar para o benefício do trabalhador”, declarou a representante da CTB/PE, Valéria Silva.
As centrais sindicais protestaram, principalmente, contra a flexibilização dos direitos trabalhistas e propõem como alternativa para a crescente onda de desemprego: a redução dos juros do Banco Central, a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem a diminuição dos salários, a reforma agrária, mais saúde, educação e moradia para os trabalhadores.
“Apesar do cenário, Pernambuco vive uma situação diferente em vista dos vários investimentos que estão acontecendo no estado, como em Suape. Iremos sofrer com a crise, mas nos sairemos bem dela. Por isso, não admitimos demissões quando os recursos estão chegando”, comentou Valéria Silva.
Após protestarem em frente à Fiepe, os representantes das centrais sindicais formaram uma comissão e foram recebidos pelos industriais que compõem a Federação. Eles conversaram e entregaram um documento com estas propostas. Depois, seguiram em marcha até o Palácio do Campo das Princesas, sede do Governo Estadual, onde se encontraram com membros do governo e entregaram o mesmo documentos.
“Esperamos que Estado cobre dos industriais a sua contrapartida social, já que eles receberam incentivo governamental e, até então, não estão cumprindo a sua parte. Pernambuco é, hoje, um dos estados onde mais se houve demissões”, finalizou a representante da CTB.
Do Recife,
Daniel Vilarouca