SEARA intermédia desocupação do MLST em Macaíba

Na última quarta, 01, trabalhadores do Movimento de Libertação dos Sem-Terra – MLST, reuniram-se com o Secretário de Estado de Assuntos Fundiários e Apoio à Reforma Agrária – SEARA, Canindé de França, na sede da Secretaria, para pedir a intermediação da S

O encontro é conseqüência de ação impetrada na Justiça pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte com o pedido de reintegração de posse. Desde 2002, cerca de 100 famílias do MLST ocupam uma área de 305 m2. A Universidade alega que possui aproximadamente 30 mil metros quadrados de área construída. Mas, segundo a Direção do MLST, a Escola não realiza atividades e os trabalhadores e trabalhadoras rurais desenvolvem plantações de macaxeira, batata, jerimum, milho e banana, além de oferecer cursos de capacitação para as famílias.


 


“Não há discussão da ordem judicial, queremos achar um lugar adequado para as famílias no sentido do respeito à vida e a dignidade humana. Em toda gestão, as marcas do diálogo estiveram sempre presentes em todas as ações. Inauguramos uma relação elevada com o movimento sindical rural, com os movimentos sociais, caracterizado pelo respeito, colaboração e busca permanente em atender seus pleitos e reivindicações”, enfatizou Canindé de França. 


 


Dentre as principais reivindicações, o Movimento pleiteia o remanejamento das famílias e o compromisso do INCRA de colocá-las na Terra até o final de 2009. Lideranças do movimento alegam que nos últimos anos os assentamentos criados não atendem as famílias ligadas ao MLST e cobram agilidade nos processos de desapropriação.


 


Para Francisco das Chagas Batista, o “Lavô”, integrante da Direção Estadual do Movimento, o encontro foi proveitoso por possibilitar o encaminhamento de muitas demandas do movimento. “Buscamos a SEARA devido a relação de parceria e à solução de outros conflitos que foi dada por aqui”, explicou.


 


O secretário da SEARA, Canindé de França, disse que o órgão dará encaminhamento às demandas do movimento social. ''Avaliaremos a viabilidade das reivindicações junto aos órgãos competentes e buscaremos nos reunir com o INCRA e o Reitor da UFRN”, afirmou.


 


Na próxima segunda, 6, o secretário da SEARA volta a se reunir com o Movimento no local onde as famílias encontram-se acampadas.


 


por Jana Sá – de Natal