Em entrevista coletiva, prefeita afirma: “Eu estava no meu limite”

Após desabafar sobre seu estado de saúde, a prefeita Luizianne Lins (PT), falou de temas relevantes para a cidade, como o aumento da tarifa de ônibus e a redução do FPM de Fortaleza

Um dos principais motes da campanha de reeleição da prefeita Luizianne Lins (PT), a tarifa social pode aumentar de R$ 1,00, para R$ 1,20, conforme a própria admitiu ontem. “Mas vamos manter a política da tarifa diferenciada mais baixa aos domingos”, prometeu Luizianne, durante entrevista coletiva concedida na festa de aniversário de Fortaleza, na Praia de Iracema.


 


Para a prefeita, o aumento da tarifa diária de ônibus é “inevitável”. Ela afirmou que já vem recebendo pressão do empresariado pelo aumento e que agora, começará uma negociação, por conta da defasagem da tarifa de ônibus, com relação à chamada “tarifa técnica calculada”, desde agosto de 2008.


 


Com aspecto sereno e fala mais pausada que de costume, Luizianne falou do problema de saúde recente – cefaleia – o qual classificou de “grande dor de cabeça”. Como causa para o problema, ela justificou “anos e anos de confronto, sem trégua”. “A própria campanha de 2008 foi uma campanha muito desleal”, queixou-se.


 


A prefeita comentou a reclusão e silêncio sobre o estado de saúde. “Já soube de tanta especulação, que eu estava em clínica de tratamento, que eu estava me tratando de uma cirrose, que eu estava com um tumor na cabeça… Já soube de tanta coisa…”, descontraiu.


 


No entanto, enfatizou que recebeu ordens rigorosas médicas para se afastar por sete dias. “Eu estava no meu limite. Um acúmulo de problemas, de estresse, de pressão”, desabafou. A prefeita queixou-se ainda da redução do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). “Só em janeiro, nós perdemos R$ 5 milhões de FPM”, reclamou. Entre ações previstas, “racionalização”, com cortes do que “não serão priorizados agora”. O primeiro foi fazer uma festa mais barata que a do ano passado, que teve o cantor Roberto Carlos.