RJ: Barcas não terão aumento na tarifa

O Governo do Rio de Janeiro descartou, no dia 13, qualquer aumento na tarifa das barcas. “Não tem aumento de tarifa neste momento. Nem se conversa sobre o assunto. A prioridade agora é aumentar a qualidade do serviço prestado”, determinou Sérgio Cabral. N

O serviço das Barcas S/A é alvo de uma CPI na Alerj que apura os constantes atrasos na saída das barcas e as falhas no sistema aquaviário. Recentemente, em depoimento à CPI, o presidente da empresa, Amauri de Andrade, admitiu que ainda possui em caixa 43% dos R$ 176 milhões que obteve junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para investir em melhorias no transporte aquaviário. Mesmo assim, nesta segunda (13), o governador Sérgio Cabral anunciou a liberação de R$ 8 milhões para a melhoria das barcas, durante reunião no Palácio Laranjeiras com o presidente da concessionária Barcas S/A e autoridades.



Atualmente, a empresa de ônibus 1001 é a maior acionista da concessionária Barcas S/A, com 53% das ações. Na CPI essa informação motivou uma série de perguntas, por parte dos deputados, sobre a relação da falta de investimentos no sistema aquaviário com o interesse das empresas de ônibus.



Além do empréstimo, Cabral disse que negociou com a direção da Transtur, que operava catamarãs para Niterói e parou com o serviço há mais de um ano, a liberação imediata do cais que usava na Praça XV e em Niterói. Para isso, o governo do estado, que tem uma dívida com a empresa no valor de R$ 23 milhões, vai quitar o débito, mas em valores mais baixos e parcelados, pagando R$ 17 milhões – R$ 10 milhões este ano e R$ 7 milhões em 2010. Com o acerto, o fim do contrato de concessão, que venceria dentro de pouco mais de um ano, foi antecipado.



Com a negociação, a Barcas S/A ganha um espaço a mais de atracação, o que lhe permitirá fazer travessias simultâneas. Ao mesmo tempo, ficou acertado que Barcas S/A vai procurar a Transtur para alugar os barcos dessa empresa e utilizá-los na rota até Niterói.



Segundo Cabral, o contrato de concessão determina que Barcas S/A transporte 10 mil passageiros por hora nessa travessia, mas com as medidas emergenciais tomadas, a concessionária poderá transportar, dentro de cinco, no máximo, seis meses, 12 mil pessoas por hora.