Com emendas de Inácio Arruda, Câmara aprova cláusulas sociais em contratos do BNDES

Emendas de autoria do senador Inácio Arruda foram incluídas no projeto de lei de conversão da Medida Provisória 453/09, autorizando a União a emprestar R$ 100 bilhões ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para aumentar sua capaci

Uma das emendas, em parceria com o deputado Edmilson Valentin (PCdoB-RJ), autoriza o Executivo a incluir, nos contratos de financiamento com os recursos da MP, cláusulas que exijam, das empresas beneficiadas pelos empréstimos, o compromisso de criar postos de trabalho ou de restringir as demissões sem justa causa. Isso valerá durante um período específico a ser definido. São as chamadas cláusulas sociais.


 


“Do contrário, não faz sentido o governo injetar dinheiro para alavancar a economia e as empresas beneficiadas ficarem livres para dispensar funcionários e aumentarem os índices de desemprego”, justificou o senador cearense. A MP 453/09 foi aprovado nessa quinta-feira (15.04), pelo plenário da Câmara dos Deputados e segue agora para apreciação no Senado Federal.


 


Outra emenda de Inácio acatada pelo relator da matéria, deputado Pedro Eugênio (PT-PE), é a que proíbe o BNDES de dar empréstimos a empresas da iniciativa privada cujos dirigentes sejam condenados por assédio moral ou sexual, racismo, trabalho infantil, trabalho escravo ou crime contra o meio ambiente. Isso também vale para a renovação do contrato. A inclusão dessa emenda no relatório obedece inclusive um dispositivo existente na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deste ano (2009).


 


Inácio pede maior redução do superávit primário e dos juros
 


O Senador Inácio Arruda recomendou ao governo que ouse mais na diminuição do superávit, que este ano, especificamente, será reduzido de 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2,5%, voltando a 3,3% a partir de 2010: “Eu proporia um superávit residual de 0,5% do PIB. Estamos segurando esse superávit para quê?”, indagou o senador, mostrando a necessidade do País de se livrar do superávit o mais rápido possível, “porque ele engessa completamente as nossas ações. Para Inácio, “o correto, o justo, o necessário para uma nação em desenvolvimento como o Brasil e que vai emprestar dinheiro para o FMI, é acabar com esse negócio de superávit primário. Isso não tem mais fundamento, não existe”, argumentou o Senador.


 


Inácio defendeu maior redução do superávit primário, em pronunciamento realizado na noite desta quarta-feira (15.04). Ele propôs  também que o Congresso Nacional mude a proposta da Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2010 para forçar o governo a baixar a taxa básica de juros – Selic. O parlamentar atribuiu à taxa, prevista para manter-se no patamar de 10% nos próximos quatro anos, as dificuldades de crescimento da economia brasileira. “É impossível colocar o País numa trilha de retomada de desenvolvimento, como se vinha alcançando, se mantivermos a taxa Selic nesse patamar”, observou. “O Congresso deve colocar a mão na LDO e comunicar ao governo que não aceita mais essa taxa fixada pelo Banco Central. A política de juros é nefasta para o Brasil”, disse Inácio.


 


Ainda em seu pronunciamento, o Senador elogiou a decisão do governo, inscrita na LDO, de manter a política de valorização do salário mínimo, que será corrigido para R$ 506,50 em 1° de janeiro de 2010. Outra medida governamental, a retirada da Petrobrás da meta de superávit primário, facilitando seus investimentos, foi louvada pelo parlamentar: “Sugiro que se incluam outras estatais da área de geração de energia, notadamente a Eletrobrás, para dotar o país de melhor infraestrutura”, finalizou.


 


Leia aqui íntegra do pronunciamento do Senador Inácio Arruda


 


Fonte: Gabinete Senador Inácio Arruda