Em entrevista, Luizianne Lins afirma: ''Posso dizer que vi a morte''

Luizianne Lins deu de cara com a morte. A prefeita de Fortaleza descreve os momentos difíceis que viveu. Como pessoa, chegara ao próprio limite. Em meio a uma ''insuportável'' dor de cabeça, revela que tomou até morfina para resistir. Agora, o desafio

Ainda exposta a uma onda de disse-me-disse, a petista Luizianne Lins se revelou bem humorada com o rosário de boatos “criado” para tentar explicar seu sumiço repentino há algumas semanas. Desaparecimento que esteve em parte dos três primeiros meses de sua segunda administração como prefeita de Fortaleza. “Já ouvi tanta coisa!”, admira-se.


 


Luizianne Lins, na boca de dez entre dez que conversam sobre seu sumiço e ressurgimento em pleno domingo da Ressurreição, teria ido para São Paulo se tratar numa clínica de desintoxicação por causa de uma overdose. Mais, que estava se curando de uma cirrose porque beberia muito; que tinha ido fazer um aborto; que atravessara uma depressão profunda; que descobrira uma leucemia; que fora vítima de um aneurisma; que um tumor aparecera em sua cabeça… “Já ri tanto”, diverte-se.


 


“Ressuscitada”, segundo ela mesma depois de “uma Sexta-Feira da Paixão”, a petista, de 40 anos, reafirma que foi vítima de uma cefaleia e um pico de pressão que chegou a 24 por 16. “Eu vi a morte de perto. Comecei a ter uma dor (de cabeça) que foi a maior dor que já senti em toda minha vida”, espanta-se.


 


O susto, que começou no último dia 13 de março, teria dado algumas lições. “Encontrei meu limite”, dimensiona. Três quilos mais magra, cabelos na escova, maquiada, vestida em blazer vermelho, camisa Lacoste de mangas compridas, jeans bem alinhado, encontramos uma Luizianne diferente da prefeita quase sempre criticada pelo jeito despojado dos compromissos públicos e do descuido com a vida pessoal.


 


Aconselhada por médicos como Roberto Kalil Filho, responsável pela saúde de políticos a exemplo do vice-presidente da República José Alencar (PR), Luizianne foi orientada a diminuir o estresse em seu cotidiano para que a pouca qualidade de vida pessoal não a faça novamente refém. E possa derrubá-la novamente. Tarefa difícil para quem é pura eletricidade e carece de conselheiros que em alguns momentos a convençam a reduzir a marcha do trator e ponderar frente a convicções solitárias.


 


As recomendações médicas por um novo modo de cuidar da saúde, no entanto, podem esbarrar em velhos e novos problemas da cidade. Como trocas no secretariado e um incômodo PMDB de Eunício Oliveira, que cresceu o olho para a vaga de vice-governador em 2010. Confira a seguir trechos da conversa com Luizianne Lins com jornalistas do Jornal O Povo:



Há pouco, antes do gravador ser ligado, você disse que está renascendo. 


 


Ressurgindo (risos). Ressuscitando, digo muito isso.


 


E foi num domingo da Ressurreição (quando deu a primeira entrevista coletiva, após o afastamento temporário da prefeitura). 


 


É. Depois da Sexta-Feira da Paixão (risos).


 


Vamos falar dessa ressurgência. Muita gente está dizendo que seu segundo governo ainda não começou. Começa agora?


 


E quem está fazendo as obras na rua? Esse monte de obras espalhadas por tudo quanto é canto? Que ente superior é esse que está fazendo as obras andarem? O Transfor… várias avenidas, limpeza das lagoas. Vamos inaugurar a de Porangabuçu, toda reestruturada (mostra um quadro que tem na sala, com fotos da lagoa antes e depois da limpeza). Não existe isso. A gente pegou o governo numa crise econômica. Temos 37 lagoas, estamos urbanizando 17. Vamos resgatar todas. Sou pior do que sapo, brejeira, doida por lagoa.


 


Como vê esse momento? Houve a questão pessoal, mas há uma leitura crítica também nesses quatro meses de 2009. A partir da própria frase que você disse no dia em que foi eleita, que haveria um “choque de gestão” e que iria “zerar tudo”.


 


O que são essas frases? Se você pegar aquela foto (da capa do O POVO de 4 de outubro de 2008, em que ela aparece de costas, fotografada no palco por um ângulo superior, olhando para o público), aquela multidão na avenida da Universidade, e botar como frase da prefeita “Nós vamos zerar tudo”, do ponto de vista jornalístico é loucura. Como vai zerar aquela multidão que ganhou no primeiro turno? Foi uma campanha muito difícil. A pergunta insistia sobre o secretariado. Para me deixar à vontade, tirar quem achasse que não estava bem e manter quem estava, já estava dando todos os recados para o secretariado, partidos e todo mundo.


 


Mas o choque de gestão que você prometeu, o administrativo, começa agora?


 


No primeiro governo, e a memória das pessoas acaba sendo muito curta, pegamos a cidade destruída na sua alma. Com a autoestima completamente destruída, a infraestrutura acabada, o serviço público prestado à população em petição de miséria. Além de tudo, um descompromisso das pessoas mesmo com a cidade. A ponto de a inadimplência do IPTU ter chegado a quase 50%. Assumi naquela circunstância de forma muito solitária. A pouca experiência de gestão e muitos problemas. Recebemos a cidade com R$ 278 milhões de dívida. Foi botar o pé na Prefeitura e o pessoal vir reivindicar cinco meses de salários das terceirizadas. Pagamos essa dívida quase 100%. Eu, como militante de esquerda, sou contra o pagamento da dívida externa. Por que fui a favor do meu próprio pagamento? Eram restos a pagar de serviço prestado, atestado pela Prefeitura e que não havia sido pago. Com seis meses, o Sérgio Novais (então vice-presidente da Câmara, hoje presidente da Companhia Docas do Ceará) teve o problema de saúde. Na mesma época estourou o mensalão. Eu vinha de vários momentos sem trégua. Aí coloco minha saúde. Minha situação foi grave. Para acabar de vez com essa confusão, vou relatar detalhamente. Para não ter mais dúvida. Já ouvi tanta coisa, já ri tanto sozinha.


 


Que coisas, por exemplo, você ouviu sobre o que passou?


 


(Rindo) Que eu estava numa clínica de desintoxicação porque tive overdose. Que estava curando uma cirrose. Que tinha ido fazer um aborto. Que tinha leucemia, aneurisma, um tumor na cabeça… Foram algumas das tantas teses que ouvi. O que exatamente aconteceu comigo? Passei aquele dia (12 de março último) todo no gabinete, como hoje. Almocei na sala porque o tempo estava curto. E saí à noite para lançar um livro no Mercado dos Pinhões. Na ocasião da minha fala, realmente eu estava muito emocionada porque tinham pessoas de 15, 16, 20 anos de militância no movimento de mulheres. Comecei a relembrar isso, que a Prefeitura agora tem política para as mulheres. Nisso, emocionada, comecei a ter uma dor, que foi a maior dor que senti em toda a minha vida.


 


Você sentiu essa dor por quanto tempo?


 


Tentei conter. Estava no microfone. Foi repentina, cefaleia. Minha pressão chegou a 24 por 16 (a considerada normal é 12mm por 8mm). A discussão era se a pressão gerou a dor de cabeça ou se a dor de cabeça gerou a pressão. Até hoje isso é coisa que os médicos avaliam. A dor foi insuportável, achei que fosse passar, continuei falando. Sou teimosa, mas ela começou a tomar conta de mim. Terminei o discurso e parti direto para o carro. Ainda disse para o cerimonial: “se não sair agora, vou desmaiar na frente de todo mundo”. Já cheguei no carro (e simula que ficou zonza).


 


Chegou a desmaiar no carro?


 


Não cheguei a perder os sentidos, mas não conseguia pensar em nada, fiquei completamente atordoada. Da dor, dor, dor. Sou extremamente saudável. Não tenho problema. Só fui ao hospital duas vezes para me tratar: para parir e por essa dor. Posso dizer, eu vi a morte de perto. A dor chegou a isso. Fui para o hospital da Unimed, seis minutos de deslocamento muito rápido, não conseguia falar nada. A única coisa que lembro é que pedi para o motorista tomar cuidado, mas tinha certeza que iria morrer antes de chegar ao hospital. Cheguei a tomar cinco medicações intravenais, botei um Captopril (remédio contra hipertensão) na língua, a dor não cessava. Cheguei inclusive a ter que tomar morfina, porque não sabiam mais o que fazer. As médicas chegaram a cogitar um AVC (acidente vascular cerebral) de crânio. Com a suspeita, fui para a UTI, para também fazer a tomografia e saber o que era.


 


Estava consciente?


 


Estava. Quando você se corta no dedo, às vezes só dói quando você vê. Mas o negócio era todo aqui (encobre a cabeça com as mãos). O sentimento, o choro, a fala passam por aqui. Não conseguia fazer nada. Só pedia que parassem a dor. A médica me perguntava como tinha acontecido e eu não conseguia falar nada. As lágrimas caindo. Posso dizer que vi a morte. Não tinha passado por essa experiência. Quando fazem a tomografia, o AVC craniano é descartado. Esse pico de pressão 24 por 16, não é toda estrutura que aguenta. Dormi na UTI. No outro dia, fui fazer exames mais específicos no Hospital São Matheus. Começaram a investigar o cérebro. Há uns oito meses, fiz uma série de exames no Sírio Libanês (em São Paulo).


 


Já teve sintoma nessa época?


 


Não. É que nunca mais tinha feito exame. E sabia qual era a campanha que me esperava. O doutor Roberto Kalil Filho (cardiologista), é até o mesmo do (vice-presidente) José Alencar, me atendeu superbem. Ele viu na imprensa nacional meu caso e ligou. Quando me achou, disse: “Você nunca veio buscar seus exames, mas saiba que eles estão perfeitos. Cuidado com diagnóstico errado, venha aprofundar as investigações”. Eu disse a ele: “Não detectaram nada. Acho que é uma coisa que vai me matar subitamente, se tiver de me matar”. Inclusive dei entrevista aqui no dia que assinei a lei dos comerciários (regulando o trabalho da categoria nos fins de semana) e disse “quero avisar que vou para o Rio”, porque à noite teria reunião da Frente Nacional de Prefeitos e teria encontro do PT, “e na segunda-feira vou a São Paulo aprofundar os exames. E aí devo passar para o vice-prefeito”. Minha preocupação era a situação de chuva que estamos. Não tinha obrigação legal de passar. Se estiver em território brasileiro, sou prefeita de Fortaleza. E posso ficar dez dias no exterior sem ter que passar para o vice. Aí tiveram as conversas institucionais com o Tin. Queria ir inteira. Não tive um dia de férias no governo anterior. Até quando saí para o exterior e tive a obrigação de passar para o vice, teve confusão. É só lembrar. Uma relação sempre conflituosa.


 


E sua posse este ano?


 


Minha posse, para mim… não sei nem se disputo cargo público, não pensei nisso na minha vida ainda. Para mim, era tudo para ter uma posse popular grandiosa, com todas as dificuldades. Tive uma posse extremamente constrangedora. Entrei com o governador pela galeria do povo. Uma situação descabida.


 


Só voltando: e o que disseram quando você esteve em São Paulo?


 


Quando fui para São Paulo, que investigaram tudo, no próprio Sírio-Libanês tive uma baixa de resistência, febre muito alta e baixa de pressão. Fizeram hemocultura para saber se estava com alguma bactéria, infecção. Tomei antibiótico e reagi à queda de imunidade. Os médicos fizeram exame atrás de exame. Nada, zero. David Uip, que é um dos maiores infectologistas, disse “você está no seu limite”. O doutor Kalil disse o mesmo. O neuroclínico: “você chegou no seu limite. Se você não se convencer disso, daqui a pouco está aqui de novo”. Dali eu decidi que realmente tenho que ter humildade para com a vida, o mundo e todos. Realmente estava no meu limite e precisava de pelo menos sete dias para eu ser eu, pessoa física. Então fui para um hotel-fazenda. Não quero dizer o nome por questão de privacidade. Ali me convenci que deveria ficar em contato comigo.


 


Não foi o silêncio nos últimos dias que gerou especulações?


 


O problema é que não tinha diagnóstico. No dia que entrei na UTI foi feita nota oficial. Eu mesma chamei atenção quando melhorei da dor. “Pra evitar especulação, é melhor fazer uma nota dizendo que tô na UTI, que tive um problema e que estão investigando o que é”. A partir do dia 23, o Tin assumiu institucionalmente o cargo. Nesse momento, pela lei, eu estava desobrigada. Comunico à Câmara se for sair do país em missão oficial como prefeita. Não passei 10 dias fora. Até porque vim para um casamento, daí resolvi voltar. Nesses anos todos, além do meu filho, que parei os quatro meses para amamentar, foi a única coisa que conseguiu me deter. Me assustou, é claro.


 


Sua imagem de destemida, resistente, saiu arranhada, pessoal e politicamente?


 


É natural que o Lula passe para o José Alencar, que o Cid passe para o Francisco Pinheiro. Natural quando há relação de confiança. Não tive essa chance no governo passado todinho. É muita carga. É sair daqui e em nenhum momento se sentir desobrigada com a cidade. Aí entra a política e a parte física. Quando vim ser madrinha de um casamento, em família, meu pé para ir e não ir era o medo. De que a figura política fosse arranhada. Tava achando que ia aparecer alguma coisa. Porque ninguém sente uma dor daquelas impunemente. Passei quase 15 dias buscando um diagnóstico, e ele está perfeito do ponto de vista médico e científico, todos os grandes médicos dizendo que estou no meu limite, que meu problema é alto estresse e que é desumano eu continuar.


 


Mas sua vida na Prefeitura não vai mudar.


 


Tive sete dias no campo (risos). Só que senti o break (freio). Não consegui me desligar totalmente. Não foi intenção criar essa imagem de forte por ser forte. Quem não gosta de ter um ombro amigo? Minha personalidade foi me criando essas coisas.


 


Você se blinda ou é blindada?


 


Essa palavra é chave. Não. É de mim com o mundo, não prefeita nem quando era deputada. Tenho momento que é meu, que tenho dificuldade de dividir. Chegou o momento que precisava respirar. É bom que agora todo mundo vê que sou morrível, não só vivível (risos).


 


Mas esse seu momento pessoal agora é o quê?


 


Agora me sinto mais forte do que antes, por falar nisso (risos). Não sei quem começou a dizer primeiro, se os filósofos ou o povo, que o que não me mata me fortalece.


 


Você faz atividade física?


 


Faço esteira diariamente, uma hora, há mais de um ano. Nunca tive vida sedentária na juventude. Depois que tive filho foi que relaxei. Não é nada disso que o povo diz, que sou desregrada.


 


Você não vê desgaste político? Você construiu um capital político forte na primeira eleição, com a imagem da resistência, a briga com o próprio PT. Na segunda, você também conseguiu. Após os primeiros quatro meses de 2009, qual o tamanho desse capital político?


 


Nesses quatro meses, não fiquei ausente.


 


Mas aconteceram vários problemas: na Câmara, saúde, as creches, PV, feira da Sé…


 


São questões que já existiam.


 


Existiam, mas que precisa resolver. Não gerou um desgaste?


 


Realmente não sei dimensionar isso. Como disse, o povo é sábio e sabe mais do que nós.


 


Mas você não fez essa avaliação ou não se deteve no assunto?


 


Não sei porque se arvorar de saber o que as pessoas estão pensando é muito complicado. O que sei é que a solidariedade do povo comigo foi imensa. Mas aí você pega o oportunismo de uns, que quiseram apimentar o problema e relacionar irresponsabilidade de que bebe e não sei o quê, por causa disso, daquilo. Entra aí a maldade, a maledicência.


 


Você vai mudar sua rotina?


 


Acho que tenho que encontrar algumas válvulas de escape, para ter esse exercício de alimentar minha alma de alguma forma. Sou uma pessoa alegre, alma festiva. E a condição de prefeita me limitou muito. Sendo mulher, as pessoas falam muito. Mais do que se fosse um homem. Sendo homem, acham bonito ele transgredir. Mulher, é o fim do mundo. Tenho que buscar uma blindagem emocional. Mais serenidade para lidar com os conflitos.


 


Tem quem te puxe pra dizer “ei, não é assim”? A imagem que passa é que resolve sozinha, vai feito trator. Você escuta alguém?


 


(Pausa). Rapaz, essa é uma pergunta difícil (risos). Na verdade, tive uma indicação médica. Foi mediante ela… porque estou interagindo o tempo todo. Adoro que as pessoas participem, mas elas têm que se comprometer. Você pode chegar e dizer todas suas opiniões e posso considerá-las todas, mas esteja comprometido com o que está me dizendo.


 


Você faz terapia?


 


Não tenho ainda, mas estou em busca de.


 


E medicação?


 


Estou tomando medicamento para pressão.


 


O que achou do Tin Gomes como prefeito?


 


Acho que ele cumpriu a missão institucional que o vice deve cumprir. O vice é exatamente para cumprir a vacância do prefeito, em qualquer circunstância que ela precise ser dada.


 


O PMDB está querendo a vaga de vice do Cid (para a disputa ao governo, em 2010). Como está isso?


 


Não tive ainda conversa. Devo me aprofundar em todas essas discussões para o futuro. Acho que é de bom tamanho um partido como o PT estar pelo menos na vice. Essas discussões ainda vão ser feitas aqui e nacionalmente também.


 


A pressão pelo novo secretariado está vindo do PMDB?


 


Acho que é muito mais cobrança minha de poder fazer as mudanças precisas. Antes da questão da saúde, eu ia passar janeiro só fazendo isso. Aí me acontece o problema com a Câmara. Em 1º de fevereiro eu queria anunciar o secretariado. Não acho que foi ruim. Hoje as coisas estão do tamanho certo e estão claras.


 


Você está recebendo muita crítica por causa dos buracos.


 


Há quanto tempo não tem um inverno desses? Está chovendo demais.


 


Por que a situação não é contornada?


 


A Usina de Asfalto nunca produziu tanto. São dois problemas. Primeiro, o de manta asfáltica. Se você pegar a Duque de Caxias, é botar o asfalto e ela enrruga. Quando foi feito o Sanear (década de 1990), Fortaleza foi quebrada 70%. Naquele momento, se o município não disputasse com o Estado é para ter feito uma análise de solo para saber o que tinha a base do asfalto de cada ponto da cidade. Estamos fazendo isso. Se você pegar a Luciano Carneiro (em frente ao Centro de Humanidades da Uece), foi feito. Foi raspado profundamente. Na Duque de Caxias tem lugar que há barro. Enrruga porque não tem base nenhuma. São vários locais assim. Não é porque o asfalto não é de qualidade. É porque a base é péssima, é histórica. Tem que raspar. Onde tem corredores de transporte, esse problema não vai mais existir. O segundo problema é drenagem. Fortaleza não tem. Esse problema no asfalto é isso. A água acumula e vai virando buraco. São os mesmos buracos. A população já sabe quais são. Uma notícia boa: no finzinho do PAC, foi aberta captação de recursos para projetos de drenagem urbana. Já tínhamos um projeto chamado Drenurb. Já havíamos pedido dinheiro ao BID. Quando apareceu o PAC, queriam cidades que tinham projeto já. Fortaleza foi a única capital do Nordeste. Vamos receber R$ 100 milhões do governo federal.



Frases


 


Já ouvi tanta coisa. Que estava numa clínica de desintoxicação por overdose, que estava curando uma cirrose, que tinha ido fazer um aborto. Que tinha leucemia, aneurisma, um tumor na cabeça… Não tive um dia de férias no governo anterior.


 


Até quando saí para o exterior e tive de passar para o vice, teve confusão. Uma relação sempre conflituosa


 


Sendo mulher, as pessoas falam muito. Mais do que se fosse um homem. Sendo homem, acham bonito ele transgredir. Mulher, é o fim do mundo.