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Reeleição de Rafael Correa é fato histórico, diz chanceler

O ministro das Relações Exteriores do Equador, Fander Falconí, disse, nesta quinta-feira, que a reeleição do presidente Rafael Correa ratificou “um processo de mudança irreversível na direção do socialismo do século XXI”.

O chanceler definiu como “históricas” as eleições realizadas no último domingo, nas quais Correa foi reeleito ainda no primeiro turno, tornando-se o primeiro presidente a governar por dois mandatos seguidos desde 1979, quando o Equador viveu sua reabertura democrática.

Falconí, que participou em Havana de uma reunião do Movimento de Países Não-Alinhados, disse que o atual presidente pode ter obtido até 56% das preferências do eleitorado no pleito de domingo.

De acordo com números oficiais, porém, com 78,2% das urnas apuradas, ele reúne 51,8% dos votos. No segundo lugar aparece o ex-presidente Lucio Gutiérrez.

Ao falar sobre a política externa do atual governo, que se baseia na Constituição aprovada em referendo no ano passado, o chanceler destacou dois eixos centrais: “a busca por relações soberanas com todos os países e a abertura inteligente aos mercados globais”.

“Isto significa que para nós é importante não apenas pensar nos tratados de livre comércio, mas também em acordos comerciais para o desenvolvimento, para que possamos enfrentar nossas particularidades estruturais”, ponderou.

O atraso na apuração dos votos foi criticado pela missão de observadores da Organização dos Estados Americanos (OEA) que acompanhou as eleições de domingo.

Embora tenha reconhecido “avanços” no método de contagem usado, a entidade chamou a atenção para a ocorrência de “um atraso significativo na totalização e na divulgação destes dados”.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) havia prometido divulgar os resultados oficiais para a disputa presidencial ainda no domingo à noite, mas os números ainda não foram somados.

O descumprimento do prazo, segundo a OEA, foi ofuscado “pelo fato de que houve avanço nos procedimentos de contagem em comparação a processos eleitorais anteriores”.

A demora na apuração dos votos para a Assembleia Nacional (Congresso) é ainda maior. Até o momento, somente 39% foram computados.

Além de presidente, vice e parlamentares, os equatorianos escolheram no fim de semana governadores, prefeitos e vereadores.

Para este pleito, o CNE implantou um sistema de apuração descentralizado, que contou com 60 mesas intermediárias de contagem para agilizar os trabalhos.

Na consulta anterior, em setembro, quando foi votada a Constituição, os resultados oficiais preliminares saíram em 15 dias.

Fonte: Ansa