Jocelin Bezerra: No dia em que a luta calou a boca dos prepotentes

 (por ocasião sobre a GREVE da educação em Parnamirim)


 


 Nunca se viu um movimento de pessoas que trabalham na educação de Parnamirim, um movimento grevista, este foi o dia 24 de abril do an

Tudo começou com a primeira assembléia feita na sede do sindicato no dia 30 de Março deste ano, onde faltou cadeira, lá observamos que o termômetro da participação tinha se elevado, a temperatura de acumulação de consciência quanto aos direitos trabalhistas ausentes estavam mexendo com aqueles companheiros que anos passados chamávamos e não havia repercussão, mais agora, eles estavam lá dispostos a enfrenta a política prepotente do Prefeito Mauricio Marques, digo isto porque, a secretária passada era do seu partido e ele participava decididamente do governo Agnelo Alves e se elegeu que seria a continuidade desta política de ausência de piso para os professores, de insalubridade para merendeiras e técnicos administrativos de escolas, de Plano de  Cargos e Carreira, de Vale Transporte e de Diretas para Diretor das escolas.


 



 Estas bandeiras históricas da nossa categoria se estivessem uma diretoria sem acreditar no valor da luta, esta persistência não teria alcançado o movimento que chamou atenção da mídia e da população, nós temos causa e justa para este movimento.


 



 O prefeito e a secretária atual de educação fizeram vistas grossas, até tentou tirar de foco as justas reivindicações desta brava categoria, expondo na mídia que não tínhamos se quer documentadas nossas reivindicações; não elevou o nível do debate, procurou culpar a quem sempre esteve buscando negociação e resolução dos problemas, que era a nossa entidade, o SINTSERP.


 



 Não paramos 100%, mais começamos com mais de 50% do movimento e hoje estamos com mais de 70% das escolas paradas, mostrou aqueles que estavam se escondendo por argumentos fúteis que esconde o medo de lutar, argumentos que fortalece a política de massacra os trabalhadores, não enxerga a crueldade na sua própria situação de condições de trabalho; ficam alienados ao trabalho em si, se culpam e se martirizam com a própria miséria; mais graças a uma parcela que enxergaram o momento, apesar de tardio, mais oportuno, histórico e ousado.


 



 A prepotência fica por conta da apropriação indébita do prefeito dos 5 reais, no salário base dos funcionários publico; da falta de negociação e da subestimação a capacidade de luta desta categoria. Esta foi à grande resposta do nosso movimento, mostrou que o coletivo pode, quando uma política prepotente tenta impor o seu pudor em via de resposta a greve foi o instrumento pelo estado de direito que é garantido na constituição.


 



 A luta continua, a secretária ficou de responder as nossas reivindicações na terça, 5 de abril, e nossa categoria estará reunida na 4ª feira na Escola Municipal Augusto Severo nos dois turnos avaliando e buscando o caminho justo para nós e a sociedade, do nosso lado está os pais dos alunos que viram a injustiça e nós seguimos o canto da poesia de Bertolt Brecht, “Aos que hesitam”…


 


 


Jocelin Bezerra (Celino) – Pte. do SINTSERP e diretor da CTB/RN