Motoristas do transporte urbano de Palmas filiados ao Simtromet – Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário e Operadores de Máquinas do Estado do Tocantins, querem o afastamento imediato do presidente da entidade, Valmir de Souza Oliveira. A principal reclamação dos profissionais da classe é que “o presidente teria se reunido na calada da noite com empresários do setor para definir o aumento salarial da classe, sem antes debater com a categoria a proposta apresentada pelos empresários antes de fechar o acordo”, disse Carlos Antônio Araújo Alves, 1º secretário do Sindicato e, líder dos mais de 40 profissionais presentes na manifestação na ocasião em que O COLETIVO esteve cobrindo essa matéria.
Para os manifestantes, não é justo que o presidente, representante legal da categoria permaneça do lado dos empresários e não daqueles que representa. Segundo eles, em Assembléia realizada recentemente, os profissionais reivindicaram que o presidente levasse uma proposta da classe aos empresários, na qual os mesmos pediam 20% de aumento no salário e, que o Vale Alimentação subisse de R$ 150 reais para R$200 reais, além da redução da carga horária de sete horas e vinte minutos, para seis horas diárias.
Porém, segundo eles, “nada disso foi levado em consideração durante a dita reunião do presidente e, ele bateu o martelo em apenas 8% de aumento em nossos rendimentos, nenhuma alteração no Vale Alimentação, apenas com um aumento de R$ 1,27 real na gratificação que recebemos por fazermos o trabalho antes de responsabilidade dos cobradores e que hoje torna dupla nossa jornada de trabalho”, completou o secretário Carlos.
Para os manifestantes, o afastamento imediato do presidente é irrevogável, já que, em despacho judicial datado em cinco de maio deste ano isso já foi definido, mas o Oficial de Justiça tem até o dia 27 deste mês para notificar o mesmo.
“Mesmo que haja resistência por parte do Valmir, nós não descansaremos enquanto ele não sair, uma vez que, na ocasião de sua posse como presidente éramos 743 filiados ao Sindicato e esse número hoje não passa de 200 devido ao desinteresse do presidente em defender os interesses e direitos daqueles que representa”, afirmaram os motoristas.
Procurado por nossa equipe de reportagem, por telefone Valmir de Souza Oliveira disse que convocou duas Assembléias mas que ninguém compareceu nas duas ocasiões e, que não houve de maneira alguma reunião à portas fechadas entre ele e os empresários do setor, mas sim uma ampla discussão de custos entre as partes e que, “o Simtromet é um dos Sindicatos que melhor se posicionou na defesa de seus filiados, conseguindo um índice de 8% de aumento para a categoria”, disse.
Valmir afirma, ainda, que “o secretário Antônio está apenas tumultuando minha gestão, com o intuito de ser ele meu sucessor na presidência do Sindicato”, alega. “Mas devo ressaltar que, o Antônio foi excluído pela diretoria desde o dia 20 de fevereiro”, completa.
Novamente procurado pelo O COLETIVO, Carlos Antônio disse em sua defesa que, “o Valmir não tem poder para expulsar ninguém sem que haja uma Assembléia conforme rege o Estatuto da categoria, sendo que ele conseguiu apenas quatro assinaturas de seus seguidores”, disse. “Nós sim fizemos a coisa certa e a Justiça está ao nosso lado por estarmos obedecendo ao Estatuto e os interesses e direitos da categoria”, finaliza. (**Por: Vitor Akkari)