Semana de decisão para siderúrgica cearense

Nesta quarta-feira (17), deverá ser assinado o Memorando de Entendimentos da usina siderúrgica cearense

Investimento de cerca de US$ 5 bilhões e há muito tempo sonhado pelos cearenses, a siderúrgica deverá ter, se não houver mais nenhum adiamento, a assinatura de seu Memorando de Entendimentos realizada nesta quarta-feira (17). O documento será firmado entre o Governo do Estado, a prefeitura de São Gonçalo do Amarante e os investidores do projeto. A solenidade acontecerá à tarde, e contará com a presença da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.


 


O memorando marca o compromisso das partes envolvidas com a instalação do empreendimento, que tem data prevista para o início de suas operações em setembro de 2013. A assinatura, que ocorreria na quinta, foi adiantada por conta da agenda de Dilma, que é convidada especial para a solenidade. A ministra estará em Fortaleza também para fazer uma avaliação do Programa de Aceleração do Desenvolvimento (PAC) no Ceará, que ocorrerá pela manhã do mesmo dia, no Centro de Convenções.


 


Até agora, a Companhia Siderúrgica de Pecém (CSP) será empreendida pela brasileira Vale e pela sul-coreana Dongkuk Steel Mill Co. A possível participação da JFE Steel na joint-venture não deve ser concretizada, pelo menos na primeira fase do projeto. O grupo japonês, a terceira maior siderúrgica do mundo, chegou a assinar um memorando para estudar o seu envolvimento na CSP, mas acabou não confirmando sua entrada por conta das dificuldades enfrentadas no setor em decorrência da crise econômica, que a obrigou, inclusive a fechar temporariamente um de seus fornos de alta temperatura.


 


A CSP terá capacidade para produzir seis milhões de toneladas de placas de aço por ano em sua fase final, que deverá ter início em 2015. Antes disso, em 2013, a usina operará com a metade dessa produção. Somente nessa etapa inicial, a siderúrgica gerará um impacto da ordem de 48% na economia industrial cearense e de 12% no Produto Interno Bruto (PIB) do Estado. A instalação da usina demandará a criação de mais de 15 mil empregos diretos. Já durante a fase de operação, serão mais de 4 mil postos formais. A CSP contribuirá no aumento de seis a oito vezes na renda per capita média dos três municípios envolvidos (São Gonçalo, Caucaia e Fortaleza) e colocará o Ceará na indústria de base nacional.