Voo 447 caiu por 'convergência de causas', admite Airbus

O consórcio europeu fabricou o avião A330-200 da Air France que se desintegrou em 31 de maio com 228 pessoas a bordo na rota Rio-Paris. Os especialistas da indústria aérea consideram o aparelho um dos mais seguros do mundo.

“Em um acidente, não existe uma única causa”, afirmou o diretor-executivo da empresa, Louis Gallois. “É a convergência de diferentes causas que ocasionaram este acidente”, afirmou. Os investigadores se concentram na possibilidade de que os monitores externos de velocidade, chamados de tubos Pitot, teriam ficado encobertos de gelo e emitiram falsas leituras aos computadores do avião enquanto o aparelho enfrentava uma forte tempestade.


 


A Air France ordenou em 27 de abril a substituição dos tubos Pitot, fabricados pelo consórcio francês Thales Group, em todos os Airbus da empresa depois de notar a perda de informação sobre a velocidade dos aparelhos em alguns voos dos modelos A330 e A340. Os tubos Pitot da aeronave que se acidentou no Oceano Atlântico ainda não tinham sido trocados.


 


Gallois destacou que os investigadores “não sabem se os Pitot contribuíram para o acidente. “Sabemos que a Thales melhorou seus Pitot com um modelo novo porque tiveram alguns problemas com a água na decolagem e na aterrissagem”, afirmou. “Não foi um problema igual ao enfrentado por um avião que voa a 25 mil pés de altura (7.620 metros)”. O executivo insistiu que a Airbus, e não a Thales, “é responsável pelos aviões, isso é óbvio”. O diretor-geral da Airbus Tom Enders afirmou que a empresa colabora com a Air France e as autoridades francesas que lideram as investigações pra solucionar o “mistério do acidente”.


 


Fonte: Tribuna do Norte