Lavrador diz que morte da mulher foi encomendada
07/07/09 17h43
Cristiano Machado
Da Redação
Em vídeo produzido pelo Ministério Público Federal (MPF) do Tocantins disponibilizado no Youtube e no UOL, o agricultor Sérgio Mendes da Silva disse considerar qu
Publicado 08/07/2009 12:28 | Editado 04/03/2020 17:22
“Eu acho que [o crime] foi mandado”, disse o lavrador, envolvido em denúncia de crime eleitoral contra o prefeito de Xambioá, Richard Santiago (PMDB), que foi afastado e conseguiu, graças a decisão da Justiça, retomar o cargo.
O depoimento foi feito ao MPF, no programa institucional PR/TO em Movimento, produzido pela assessoria de comunicação do órgão em Palmas. Sem mostrar o rosto, o lavrador afirmou ainda que o clima na cidade é de medo. “As pessoas da cidade estão com medo de acontecer com elas o que aconteceu com ela [Izabel].”
A informação é ratificada no site do MPF/TO, em matéria produzida pela mesma assessoria. “Entre os moradores da vizinhança, ninguém até o momento quis falar com a polícia e contribuir para as investigações”, relata a assessoria da Procuradoria da República.
Ainda no vídeo, Sérgio Mendes da Silva desabafou em relação ao seu envolvimento na denúncia contra o prefeito por compra de votos: “Eu não fiz denúncia, o Ministério Público que pegou as provas. Eu só dei depoimento. Eu apenas falei a verdade, não menti hora nenhuma. Fui testemunha do Ministério Público”. Ele se referiu à ação do Ministério Público Eleitoral contra o peemedebista.
Ainda ao MPF, o lavrador declarou que espera “que a Justiça prove quem fez essa barbaridade” com sua mulher. Na página do MPF na internet, o órgão informa que “Isabel foi encontrada nua, com sinais de pancada na cabeça e marcas de estrangulamento, em um terreno baldio cercado de casas, no centro da cidade”.
Apuração
O assassinato de Izabel Pereira é apurado pela Polícia Civil. A procuradora dos Direitos do Cidadão, Ludmila Ribeiro, foi até Xambioá para obter informações sobre o fato. Segundo o MPF, “além das ameaças que vinham sendo recebidas por Izabel e seu marido, as características do crime chamaram a atenção da procuradora”, que manteve contatos com o promotor de Justiça e o delegado que investiga a morte. No vídeo, a procuradora afirma ainda ser prematuro ligar o crime com a denúncia eleitoral. Porém, declarou que o “crime não vai ficar impune”. (Com informações da assessoria de imprensa do MPF)
Extraido do site www.clebertoledo.com.br