Inflação em Teresina é a menor dos últimos 4 anos

No mês de junho deste ano, a inflação em Teresina cresceu apenas 0,10%, menor índice registrado desde junho de 2005, quando houve deflação de 0,12%. Foi o que divulgou, nesta quarta-feira (8), a Fundação Centro de Pesquisas Econômicas e Sociais do Piau

Dos sete grupos analisados (alimentação, habitação, artigos de residência, vestuário, transportes, saúde e cuidados pessoais, serviços pessoais) houve deflação em transportes (-0,77%); habitação (- 0,10%); e artigos de residência (- 0,04%). De acordo com o diretor de Estatística e Informação da Cepro, Elias Barbosa, quanto ao transporte, a variação negativa foi motivada pela redução dos preços dos combustíveis e de peças para reposição. “Isso devido, principalmente, à boa produção nacional do petróleo e à estabilização do dólar”, comenta.


 


Já com relação ao grupo habitação, a baixa foi responsabilizada por material de construção como tijolo, cimento, areia e barro, devido a uma questão sazonal. No tocante a artigos de residência, foi observada uma ligeira queda nos preços da geladeira, ferro elétrico e máquina de lavar, atribuída pelo diretor da Cepro à redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e consequente excelência no mercado com maior procura.


 


O relatório mostra que a queda dos preços dos combustíveis e, principalmente, do arroz e feijão foram determinantes para a desaceleração no ritmo de crescimento da inflação em Teresina. Mas Elias Barbosa diz que não há motivos para comemoração, porque a inflação acumulada no primeiro semestre do ano de 2009 já atingiu 3,41% e o percentual acumulado nos últimos doze meses (julho/08 a junho/09) apresentou alta de 7,55%.


 


Já a pressão pelo aumento de 0,10% localizou-se nos itens componentes dos grupos de serviços pessoais e alimentação, que cresceram 0,34% e 0,29%, respectivamente. Quanto ao primeiro, a variação esteve ligada mais diretamente as majorações de artigos de entretenimento 3,91%; e bebidas destiladas, 2,93%. Enquanto no segundo, os aumentos mais significativos ocorreram na melancia, 18,66%; batata inglesa, 13,16%; açúcar-cristal, 8,00%; maracujá, 5,86%; farinha de mandioca, 2,07%; carne caprina/ovina, 1,89%; frango, 1,66%; e carne bovina de 2ª, 1,65%.


 


Os grupos saúde e cuidados pessoais, e vestuário variaram 0,25% e 0,22%, respectivamente.


 


 


 


Cesta básica


 


A Cesta de Produtos Básicos, estipulada nos termos do Decreto-Lei nº 399, de 30 de abril de 1938, considerada o principal elemento de avaliação do poder de compra do salário mínimo, custou ao teresinense, ao longo do mês de junho de 2009, a importância de R$ 182,57.


 


É importante destacar que os produtos constantes da cesta básica, para serem adquiridos pelo trabalhador que vive exclusivamente do salário mínimo, comprometeram no mês de junho de 2009 o percentual de 39,26% de seu valor absoluto.


 


Em relação ao mês de junho de 2009, houve uma queda de 0,17% responsabilizada pelos decréscimos de preços nos seguintes produtos: banana, 4,42%; feijão, 1,20%; arroz, 1,40%; tomate, 0,97%; e óleo vegetal, 0,37%.


 


 


Fonte: CCom