UE poderá restringir vistos a governo de fato de Honduras

A Suécia, que exerce a presidência rotativa da União Europeia (UE), advertiu nesta sexta-feira (30) que o bloco poderá restringir vistos de entrada nos territórios de seus países-membros aos integrantes do governo de fato de Honduras, em repúdio ao golpe de Estado de 28 de junho.

O anúncio da posição da UE foi feito pela presidência sueca após uma reunião realizada entre os 27 embaixadores dos países-membros do bloco. A medida foi pedida pela Espanha, para que a UE se alinhe à postura dos Estados Unidos sobre o conflito político no país centro-americano.

Na última terça-feira, o governo norte-americano decidiu revogar os vistos diplomáticos de quatro membros do governo golpista de Roberto Micheletti.

Os embaixadores da UE concordaram em "tomar medidas para reduzir os contatos em nível político com o governo de fato de Honduras", informou a presidência sueca em um comunicado oficial divulgado após a reunião dos diplomatas.

Caso sejam adotadas, essas medidas, que limitam a entrada na UE dos membros do governo de fato, vão se somar às que foram adotadas na segunda-feira pela Comissão Europeia, braço executivo do bloco, que suspendeu as ajudas de 65,5 milhões de euros ao país centro-americano.

A comunidade internacional apoia a volta de Zelaya ao poder de Honduras e faz pressão política e econômica para que o governo de fato deixe a presidência do país. Além da UE, os Estados Unidos suspenderam a ajuda financeira que destinavam a Tegucigalpa, no dia 7 de julho.

Fonte: Ansa Latina