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Lula elogia economia e defende salvaguardas para o pré-sal

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a necessidade de criação de salvaguardas para a exploração do pré-sal e criticou aqueles que focam apenas na disputa política "mesquinha", em referência à crise no Senado Federal.

Em discurso na cerimônia de 71 anos da Confederação Nacional da Indústria, Lula disse que a situação brasileira é privilegiada e afirmou que os juros devem e podem ser ainda mais reduzidos. “Não há dúvida de que os investidores estrangeiros enxergam a situação atual e divisam bem o que nos espera à frente. É sobretudo esse horizonte que precisamos enxergar também, para além de disputas menores e divergências mesquinhas na política nacional”, disse Lula.

“É justamente esse horizonte que leva nosso governo a propor salvaguardas e destinação da renda do petróleo. Trata-se de garantir que essa riqueza fique na nossa economia e se constitua no marco fundamental de um novo ciclo de expansão industrial”, afirmou. O presidente falou das "perspectivas fantásticas" abertas pelas descobertas de petróleo no "pré-sal" dentro do contexto da recuperação econômica do país e o fim do impacto da crise financeira internacional.

Segundo ele, o Brasil poderá se tornar "um dos grandes exportadores de derivados de petróleo nos próximos anos". Ainda em elogio à situação financeira do país, Lula ressaltou que este é o menor patamar de juros da história: “É desejável e possível cortar ainda mais os juros.”

Investimento

Ele afirmou ainda que haverá retomada do crescimento no segundo semestre e declarou que o efeito não se deve à especulação. “Diante desse quadro, seria um equívoco imaginar que o fluxo de capitais estrangeiros reflete apenas o lado da especulação financeira”, disse. Lula disse ainda que está com mais energia hoje do que quando começou seu segundo mandato.

“Estou começando o segundo mandato agora porque a vontade de fazer mais é muito maior do que janeiro de 2007 e eu espero que dentro de algumas semanas estejamos num plenário como este discutindo uma coisa que falta no nosso país, que é verdadeiramente utilizar toda capacidade de investimento que o país tiver em inovação tecnológica para a gente dar um salto de qualidade que o Brasil precisa nesta competição globalizada”, declarou.

Com agências