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Reitoria da USP nega diálogo sobre demissão de sindicalista

No processo movido pelo Sindicato dos Trabalhadores da Universidade de São Paulo (Sintusp), pela reintegração de Claudionor Brandão, a Reitoria da USP protagonizou mais um episódio de truculência. Em julho, foi realizada na 26ª Vara da Justiça do Trabalho, uma audiência de conciliação entre as partes, mas não houve acordo e o sindicalista não foi readmitido.

Representantes do Comando de Mobilização e Autodefesa dos Trabalhadores chegaram a se reunir com o chefe de gabinete da Reitoria, Alberto Carlos Almadio, entregando-lhe moções, declarações, manifestos e um abaixo-assinado com 1500 assinaturas de funcionários, estudantes, professores e intelectuais.

Na reunião com a Reitoria, os funcionários argumentaram que as ações pelas quais Claudionor Brandão havia sido punido eram resultado de decisões de assembléias dos funcionários e não dele. Apesar de ouvir os protestos e entregar os documentos para a equipe da Reitoria, Alberto Almadio avisou que os advogados da Consultoria Jurídica iam fazer a parte deles e lutar para que o acordo não fosse aceito.

Durante a audiência, a juíza Maria Aparecida Lavorini questionou a demissão por ter sido resultado de um processo administrativo. A justiça prevê que a demissão de trabalhadores que tenham estabilidade sindical seja antecedida pela instauração de inquérito judicial.

O diretor do Sintusp foi demitido no dia 9 de dezembro de 2008 pela Reitoria da USP, que alegou justa causa. Ele, que também era representante eleito dos funcionários no Conselho Universitário, foi acusado de faltas graves por ter participado de piquetes e das paralisações de 2005 e 2006 na universidade. Durante todo o período de participação, Claudionor Brandão agiu em defesa da educação pública e de qualidade, sempre seguindo as reivindicações definidas pelas assembléias da categoria.

Fonte: PUC-SP