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 Metalúrgicos de montadoras do ABC conseguem 6,53% de aumento

 O sindicato dos metalúrgicos do ABC (região metropolitana de São Paulo) anunciou neste sábado que seus filiados que trabalham em montadoras aprovaram a proposta de 6,53% de aumento salarial mais abono de R$ 1,5 mil (a ser pago em 25 de setembro). Durante a semana, os trabalhadores da categoria promoveram paralisações para reivindicar a reposição salarial.

 Mais de 10 mil metalúrgicos compareceram na assembleia de sábado (12) na rua do Sindicato e aprovaram proposta válida para os trabalhadores nas montadoras, garantindo a reposição da inflação de 4,44%, aumento real de 2% e abono de R$ 1.500,00.

A categoria também conseguiu a ampliação de 18 meses para 36 meses do tempo de auxílio-creche, que será estendido para homens casados com metalúrgicas. O trabalhador também poderá ser liberado um dia por ano (abonado pela empresa) para fazer curso de formação no sindicato (as condições da liberação serão negociadas por empresa).

Para os trabalhadores dos demais grupos do setor metalúrgico, entre eles autopeças, a negociação prossegue porque sindicato e empresas ainda não chegaram a um acordo. Uma nova assembleia foi marcada para esta quinta-feira.

“Em razão das difíceis negociações, optamos por fazer um bom acordo com as montadoras”, disse Sérgio Nobre, presidente do Sindicato. “Agora, esse acordo vai servir de referência para arrancarmos acordos semelhantes nos demais grupos, onde só ofereceram reposição da inflação”, afirmou.

Manifestações

Ele lembrou que a missão dos trabalhadores dos grupos 2, 3, 8, Fundição e 10 (que tem data base em novembro) é realizar ações de pressão, como assembleias e paradas na produção. “A companheirada tem que ir para cima, pois reforça nossa posição na mesa de negociação”, destacou Sérgio Nobre.

O presidente do Sindicato comentou que esse acordo só foi possível graças à mobilização da categoria, que na semana passada promoveu uma semana de luta, com paradas diárias da produção e manifestações de rua.

Luta nos demais grupos

Amarildo de Araújo, coordenador do CSE na Mahle Metal Leve, avisou que os trabalhadores das autopeças, Fundição e grupos 2 e 8 vão lutar por um acordo digno, como o das Montadoras. “Queremos reposição, aumento real e abono e vamos lutar por isso”, garantiu.

Para Daniel Calazans, coordenador do SUR na Scania, “no início da campanha não tínhamos expectativa favorável a um bom acordo, mas nossa mobilização fez o patrão recuar. A proposta chegou num momento importante”.

Já José Roberto Nogueira, o Bigodinho, coordenador da Comissão de Fábrica na Volks, entende que “o ponto de equilíbrio foi alcançado, pois temos setores que vão bem, como o de carros, e setores que não vão bem, como o de ônibus e caminhões. Quando começamos a campanha não se falava em aumento real, que acabamos conquistando, mais o abono”, comemorou

Com informações do Portal do Sindicato dos Metalúrgico do ABC