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Plano proíbe cultivo de cana no Pantanal e na Amazônia

O governo enviou ao Congresso um projeto destinado a proibir o cultivo de cana-de-açúcar e a instalação de usinas de álcool em áreas que ainda têm vegetação nativa, em reservas ambientais e indígenas e em todas as áreas de importância ecológica.

O chamado plano de zoneamento agroecológico da cana-de-açúcar proíbe essa cultura em 81,5% do território nacional, incluídos os ecossistemas da Amazônia, do Pantanal e da Bacia do Alto Paraguai. Pela proposta, a área de cultivo de cana, que hoje ocupa 8,9 milhões de hectares, poderá ser ampliada para 64 milhões de hectares.

De acordo com o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, o mapa da área de plantio foi estabelecido obedecendo a dois requisitos: que a expansão não ameace o ambiente e que a colheita possa ser feita com o uso de máquinas.“Com a restrição ao cultivo nas áreas em que a colheita não pode ser mecanizada, o governo impede que os agricultores tenham que recorrer à queima dos canaviais para preparar a terra para novos cultivos”, explicou Stephanes.

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, lembrou que a queima da cana prejudica a saúde do trabalhador e contribui para poluir o planeta, enquanto a queima da palha de cana impede que ela seja usada como biomassa. Segundo comunicado da Presidência da República, o plano de zoneamento agroecológico de cana é um dos compromissos que o Brasil apresentará à ONU, em dezembro, na reunião sobre mudança climática. O governo espera que o Congresso aprove a proposta no primeiro semestre de 2010.

A informação é do Brasília Confidencial