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Lula rechaça acusação de ingerência em assuntos de Honduras

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desmentiu rumores de que o Brasil tenha organizado o regresso do presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, a seu país. "Vocês vão ter que acreditar nos golpistas ou em mim", afirmou Lula ao ser questionado sobre os meios que levaram Zelaya de volta a Tegucigalpa.

"É preciso deixar o presidente golpista sair", destacou o presidente, em Pittsburgh, pouco antes de partir rumo ao jantar oferecido pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para os chefes de Estado e de governo que participam da reunião do G20 (os países ricos e os principais emergentes), que está sendo realizada na cidade americana.

As declarações são uma resposta ao comunicado emitido nesta quinta-feira pelo ministério das Relações Exteriores do governo interino de Honduras no qual afirma que a presença de Zelaya na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa era "um ato promovido e consentido pelo governo brasileiro".

Em entrevista ao canal de televisão americano "PBS", Lula disse que Zelaya "teve que parar em alguma embaixada" e "que a preocupação não deve ser em que embaixada está ou como chegou". Para o presidente, o importante "é que há um golpista no poder" em Honduras.

"É justo que o presidente eleito democraticamente queira voltar a seu cargo. O golpista, se quer ser presidente, que dispute as próximas eleições", acrescentou Lula. Na entrevista, Lula ainda avaliou positivamente a resposta do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, à crise e disse que atuou corretamente ao condenar o golpe.

Com agências