Ciclo de Debates: Educação é fundamental para o desenvolvimento

Com o tema “O Ceará na perspectiva de um novo projeto nacional de desenvolvimento”, foi encerrado nessa sexta-feira (25.09), o Ciclo de Debates: Projeto Nacional de Desenvolvimento e as Desigualdades Sociais, promovido pela Fundação Maurício Grabois, Universidade Federal do Ceará, Banco do Nordeste e Instituto da Cidade.

A melhoria na qualidade do ensino básico, médio e superior, maior investimento para a tecnologia e a sustentabilidade foram princípios defendidos como essenciais para o desenvolvimento do Brasil e do Ceará pelos três conferencistas: Fátima Falcão, Coordenadora de Planejamento da Secretaria de Planejamento e Gestão do Estado; José de Paula Barros Netos, coordenador do Centro de Tecnologia da UFC; e Gilvan Paiva, sociólogo e Secretário de Educação de Maranguape.

Em sua fala, Fátima Falcão fez uma explanação sobre as estratégias desenvolvidas pelo Governo Cid Gomes, visando o crescimento e a estabilidade econômica, através de investimentos e de uma política de inclusão social. Ressaltou as obras de infra-estrutura logística, como o complexo industrial portuário do Pecém, a melhoria da malha rodoviária, transnordestina, sistema metroviário, a rede de aeroportos regionais e o cinturão digital, além de investimentos nos setores de energia, hídrico, de educação e saúde. Por fim ressaltou que o Ceará tem um nível social melhor dos estados nordestinos e o seu crescimento econômico tem sido maior do que o do Brasil: o Ceará cresceu 2,5% em 2008, enquanto que o Brasil cresceu 1%.

O professor Barros Neto mostrou o que a educação, a tecnologia e a sustentabilidade têm haver com desenvolvimento. Apresentou números demonstrando os avanços na educação, o que comprova o aumento de investimentos no setor, e disse que o desafio agora é melhorar a qualidade do ensino. Quanto ao ensino superior ele acha necessário um maior crescimento em todo o Brasil, que conta hoje com 2.281 instituições de ensino superior públicas e 2.032 privadas.

Barros Neto defendeu também mais investimentos em tecnologia, informando que o crescimento nesse setor passa pelo poder público, pela iniciativa privada e pela academia. “Ou investimos em tecnologia ou nunca seremos um país desenvolvido”, disse o professor, informando que hoje, quase 70% dos formandos são das áreas de humanas e sociais. “É preciso atrair os jovens para a formação tecnológica”. A grande dificuldade, segundo Barros Neto, está na matemática, que não é ensinada de forma atraente para os estudantes do ensino básico e médio.

Já para o sociólogo Gilvan Paiva, não é possível desenvolver o Ceará de uma forma plena, sem levar em conta o desenvolvimento do Brasil, que sempre foi desigual, privilegiando uma matriz investimento que não é democrática. Essa desigualdade pode ser bem observada no setor educação, onde as distorções ainda são mais profundas. O governo finalmente entendeu que, se não investir na educação básica não há como reverter esse quadro, que apesar dos avanços, ainda tem um passivo muito grande.

Para Gilvan esse esforço que vem sendo feito de aumentar o número de escolas profissionalizantes é importante, no entanto, esse trabalho tem que está vinculado ao desenvolvimento, com perspectiva concreta de emprego. Por fim, defendeu a luta por um estado democrático social e soberano, que tenha o povo como elemento central.

Fonte: Assessoria de imprensa do Senador Inácio Arruda