Passeata de servidores em Brasília pede cumprimento de acordos
Depois dos funcionários dos Correios, bancários e metalúrgicos mostrarem que os trabalhadores estão dispostos a defender seus direitos em busca de melhores condições, é a vez dos servidores federais mostrarem que também vivem momento de unidade. Com um indicativo de greve apontado para o dia 10 de novembro, servidores públicos federais paralisaram suas atividades nesta quinta-feira (1º) em todo o Brasil.
Publicado 01/10/2009 16:04
Em Brasília, os servidores realizam atividade na Esplanada dos Ministérios para cobrar do governo a imediata reabertura das negociações. Houve concentração dos funcionários no Espaço do Servidor, na Esplanada dos Ministérios, onde houve discursos, gritos de palavras de ordem, música e explosão de rojões para chamar atenção para o ato.
O ato se repetiu em outros estados como São Paulo, Bahia, Roraima, Minas Gerais, Mato Grosso, Santa Catarina, Alagoas, Ceará, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraná, Rondônia, Maranhão, Pernambuco, Piauí e Paraíba. E marca uma série de protestos contra a inércia do governo em dar continuidade a negociações que envolvem debate sobre planos de carreira, tabelas remuneratórias, reajuste de benefícios como auxílio-alimentação e contrapartida nos planos de saúde.
A categoria também defende a paridade entre ativos, aposentados e pensionistas e data-base para os servidores.
Os servidores estão revoltados com o recuo apontado pelo governo. A crise continua sendo usada como desculpa para que acordos e compromissos não sejam cumpridos. Além disso, o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) encaminhado pelo governo ao Congresso Nacional no final de agosto não prevê nenhum detalhamento que garanta o cumprimento dos acordos com o funcionalismo.
Na última plenária nacional realizada pela Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), representantes de 25 estados, aprovaram a paralisação do dia 1o e outras duas paralisações já foram aprovadas e acontecem nos dias 15 e 16 de outubro. A mobilização prepara a categoria para o indicativo de greve apontado para 10 de novembro. Também está marcado para o dia 22 de outubro, ato público nacional em Brasília.
De Brasília
Com informações da Condesf