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 Impeachment de Yeda: oposição quer mais dados do caso

Os deputados da oposição que se reuniram nesta quarta-feira em reunião extraordinária da Comissão Especial de Impeachment afirmam que há "discrepâncias consideráveis" entre os áudios, vídeos e quebras de sigilos bancário e fiscal que envolvem a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), e pessoas próximas a ela. Com isso, o grupo irá solicitar ainda hoje uma audiência com a juíza Simone Fortes Barbisan, da 3ª Vara Federal de Santa Maria (RS).

O grupo reuniu-se pela manhã e ouviu áudios e verificou documentos de quebra de sigilos fiscal e bancário que estão no processo de improbidade administrativa contra Yeda e outras oito pessoas. A juíza permitiu que os deputados da comissão tivessem acesso a dados sigilosos.

"O trabalho (de analisar o material sigiloso) deveria ter sido feito pela comissão toda, especialmente pela relatora, Zilá Breitenbach(PSDB), que lamentavelmente não quis fazê-lo", afirmou Zülke.

A deputada Marisa Formolo (PT) disse que os parlamentare saíram da reunião "mais solidificados na posição de que o relatório é uma farsa, de que ele não expressa uma verdade anunciada e que os gaúchos estão sendo enganados por um relatório que não poderá ser aprovado se houver honestidade de voto".

Na ação por improbidade administrativa movida pelo Ministério Público Federal (MPF) contra a governadora e outras oito pessoas, os procuradores afirmam que Yeda participou da fraude no Departamento Estadual de Trânsito (Detran), recebeu propina e ajudou na manutenção do esquema. Mais de 80% do conteúdo da ação é baseado em escutas telefônicas feitas durante a Operação Rodin, que investigou o desvio de R$ 44 milhões da autarquia.

"O que verificamos indica que há discrepâncias consideráveis nas informações e que exige, inclusive, um aprofundamento desse trabalho, razão pela qual nós estaremos solitiando uma audiência ainda hoje à juíza para realizar essa tarefa. Nós achamos imprescindível conversar com a drª Simone para a complementação de informações do sigilo que tivemos acesso", afirmou o deputado Ronaldo Zülke (PT).

Fonte: Terra