Com 13% dos votos, comunistas russos acusam fraude pró-governo
Depois de conquistar 13% dos votos nas eleições regionais e locais realizadas no domingo (11) em 75 das 83 entidades que formam a Federação Russa, o Partido Comunista denunciou fraudes generalizadas, particularmente na capital Moscou.
Publicado 12/10/2009 19:16
Na tarde desta segunda-feira (12), a polícia reprimiu brutalmente um protesto em uma praça central moscovita, onde 20 manifestantes foram detidos. Os candidatos da oposição reclamam que foram impedidos de fazer campanha em pé de igualdade.
Com 99% dos votos apurados, autoridades eleitorais do país anunciavam a vitória do partido Rússia Unida (RU), base de poder do primeiro-ministro Vladimir Putin e do presidente Dmitry Medvedev. A sigla governista dominou as eleições municipais em Moscou e em outros locais do país, obtendo 66% dos votos na capital.
Com o resultado, apenas o RU e o Partido Comunista conseguiram ultrapassar a barreira de 7% para obter representação na Assembleia Legislativa Municipal (Câmara dos Vereadores) de Moscou. Aos comunistas, caberão três dos 35 assentos parlamentares.
Ainda em Moscou, o liberal Partido Yabloko — único a fazer oposição ao prefeito de Moscou, Yuri Luzhkov — ficou com apenas 5% dos votos e não mais será representado na Câmara. O restante dos votos foi dividido entre o ultranacionalista Partido Democrático Liberal (6,29%) o governista Rússia Justa (5,31%) e Patriotas da Rússia (1,87%).
Da Redação, com agências