Conferência discute direitos da criança e do adolescente na Bahia

O encontro, realizado pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes), discute os principais eixos definidos pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), como a universalização dos direitos das crianças e dos adolescentes em um contexto de desigualdade, a proteção e defesa do enfrentamento da violação dos direitos humanos e o fortalecimento do sistema de garantia desses direitos.

Outro tema importante é a participação dos jovens, com suas opiniões e ideias, em relação a seus direitos e deveres. Adolescentes como Leoton Pereira, 14 anos, que explicou por que resolveu se engajar no movimento pelos direitos da criança e do adolescente.

“Decidi me engajar quando percebi que minhas ideias poderiam ser ouvidas e executadas”, afirmou. Para Leoton, a participação ativa dos jovens no processo de discussão dos seus direitos é essencial. “O que queremos é ser ouvidos, para que nossas ideias, como cidadãos pensantes e participativos, possam mudar muita coisa nos direitos e deveres dos jovens na sociedade”, explicou.

Assim como ele, outros 46 adolescentes estão entre os 109 delegados que serão escolhidos para participar da 8ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente. A conferência também deve contribuir para os demais projetos do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, como o Plano Nacional de Convivência Familiar e Comunitária e o Sistema Nacional de Medidas Socioeducativas (Sinase).

Pioneirismo

“A Bahia tem ações pioneiras no que se refere aos direitos da criança e do adolescente, principalmente em relação à mudança de conceito dos jovens de hoje quanto aos próprios direitos e deveres”, declarou o representante do Unicef, Rui Pavan. Para ele, os jovens podem fazer parte das decisões relacionadas a eles, mas como co-protagonistas.

De acordo com o governador Jaques Wagner, o mais importante é incentivar os conceitos de ética, respeito, cidadania e de família das crianças e dos adolescentes. “Esses conceitos têm que ser valorizados. Por isso não basta apenas ter polícia na rua. É preciso dar acesso ao esporte, à cultura, ao lazer, e a família é a base de tudo, se quisermos construir uma sociedade digna”, destacou.

O governador declarou que a união entre o poder público e a sociedade é a principal saída para resolver grande parte dos problemas sociais e assegurou que será criado o Programa de Acesso ao Planejamento Familiar. “Essas discussões são necessárias para sabermos quais são os principais entraves que dificultam o desenvolvimento de ações sociais concretas. Portanto, esse diálogo é muito importante”, disse.

Fonte: Agecom Bahia