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Milhares de civis fogem de ofensiva militar no Paquistão

A promessa do exército paquistanês desenvolver uma forte ofensiva contra supostos talibãs no distrito tribal do Waziristão do Sul fez com que milhares de civis fugissem da região, limítrofe com o Afeganistão.

O abandono do território por quase 90 mil pessoas se intensificou após as autoridades terem anunciado a operação em resposta aos ataques realizados nos último fim de semana.

Os rebeldes islâmicos lançaram nos últimos dias um poderoso ataque contra o quartel general do exército paquistanês em Rawalpindi, efetuando também outros três ataques no noroeste do país, matando 125 pessoas.

O porta-voz do Ministério de Defesa, general Athar Abbas, revelou que helicópteros e artilharia deverão atacar de forma incessante o que seria o esconderijo da guerrilha islâmica.

Abbas explicou que toda a área está sitiada e os pontos de saída bloqueados, mas o horário exato do início da ofensiva terrestre dependeria da hierarquia militar.

Rehman Malik, ministro do Interior, afirmou que já há uma grande operação em curso para expulsar os rebeldes do Movimento Talibã do Paquistão da região de Waziristão.

Malik revelou que caberá ao chefe do exército ordenar o início da ofensiva militar. "Ela será realizada no momento oportuno e que será o mais cedo possível", segundo nota reproduzida pela Agência de Imprensa Paquistanesa.

O chefe da administração do Waziristão do Sul, Shahab Ali Shah, revelou que cerca de 90 mil pessoas abandonaram a região desde agosto e foram instaladas em zonas mais seguras, como as cidades de Dera Ismail Jan e Tank. A população total é de 600 mil habitantes.

O objetivo do governo é iniciar no local uma operação similar à desenvolvida em junho último contra os insurgentes islâmicos no Vale do Swat.

Com informações da Agência Prensa Latina