“Zé Ketti: dez anos de saudade" no samba da UNE
O mês de novembro marcará 10 anos da morte de Zé ketti. O projeto “O samba UNE”, deste sábado (24), fará uma homenagem ao sambista. A roda de samba acontece aos sábados no terreno da UNE, na sede da Praia do Flamengo.
Publicado 23/10/2009 19:36 | Editado 04/03/2020 17:04
“Zé Ketti: dez anos de saudade” terá a participação de Pecê Ribeiro, Beto Fininho, Tânia Machado, Rochinha, Zilá, Osmar do Breque, além de depoimentos de Geisa Ketti e Onésio Meirelles – filha e genro de Zé Ketti – sobre a vida e obra do artista.
O samba da UNE começa às 18h na Praia do Flamengo, 132, com entrada franca. Mais informações: 9743-5003 ou [email protected]
Zé Ketti
Nasceu em Inhaúma, em 16 de setembro de 1921. Em 1924, foi morar em Bangu na casa do avô, o flautista e pianista de João Dionísio Santana, que costumava promover reuniões musicais em sua casa, das quais participavam nomes famosos da música popular brasileira como Pixinguinha, Cândido (Índio) das Neves, entre outros. Filho de Josué Vale da Cruz, um marinheiro que tocava cavaquinho, cresceu ouvindo as cantorias do avô e do pai. Após a morte do avô, em 1928, mudou-se para a Rua Dona Clara.
Mudou-se para Bento Ribeiro em 1937 e, logo depois, passou a freqüentar a Portela por intermédio do compositor Armando Santos, diretor da escola. Em 1940, ingressou na Polícia Militar, onde serviu por três anos. Em1945, entrou para o grupo de compositores da Portela, escola que mais tarde assumiu como a sua de coração. Em 1950, afastou-se por problemas em relação à autoria de algumas composições.
Foi responsável pela revitalização do samba, na época em que surgiu a bossa nova. No início dos anos 1970, separou-se da segunda mulher – com a primeira teve cinco filhos – e foi para São Paulo. Em 1974, criou o serviço de transportes marítimos São Gonçalo – Paquetá, através da Marketti Transportes Marítimos LTDA. Em 1987, no início de julho, teve o primeiro derrame cerebral. Fixou residência em São Paulo, no bairro da Consolação, morando com o filho José Carlos. Em 1995, voltou para o Rio e foi morar com uma das filhas. Continuou compondo, cantando e lançou um disco. Em janeiro de 1999, recebeu a placa pelos 60 anos de carreira na roda de samba da Cobal do Humaitá. Em agosto, com a morte de sua ex-mulher, entrou em profunda depressão. Morreu a 14 de novembro, aos 78 anos, de falência múltipla dos órgãos.