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Trabalhadores e estudantes levam milhares a Brasília amanhã

Já está tudo pronto para a 6ª Marcha da Classe Trabalhadora, convocada unitariamente pelas centrais sindicais e várias organizações dos movimentos sociais para esta quarta-feira (11). Caravanas de ônibus partiram de diferentes pontos do país em direção ao Distrito Federal e a expectativa dos organizadores é de que o evento mobilize dezenas de milhares de estudantes, trabalhadores e trabalhadoras.

- Agência Brasil

A CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) deverá ter uma presença marcante. “Estamos trabalhando para levar pelo menos 4 mil pessoas na manifestação”, declarou o presidente da Central, Wagner Gomes, para quem “esta deve ser uma das maiores mobilizações feitas pelo movimento sindical no Brasil ao longo dos últimos anos”.

Na mesma linha, Paulo Pereira da Silva, Paulinho, presidente da Força Sindical, declara que a 
"expectativa é que neste ano, mais trabalhadores participem da Marcha. Será uma oportunidade para mostrar ao Congresso Nacional e a sociedade que queremos a jornada de 40 horas. A 6ª edição da Marcha será apenas uma pequena demonstração da grande vontade nacional, que verificamos nas fábricas de todos segmentos pela redução da jornada", demonstrando a grande unidade do movimento.

A expectativa da Central Única dos Trabalhores (CUT) também não é diferente. O presidente da entidade, Arthur Henrique, comenta as bandeiras de luta da marcha (áudio).

Já a Associação nacional dos Pós-Graduandos (ANPG), a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), pretendem reunir cerca de 10 mil estudantes em Brasília na marcha de amanhã (11/11), somando-se à Marcha da Classe Tabalhadora com a reividicação 50% da verba do fundo social do petróleo da camada pré-sal em projetos de educação.

“É a oportunidade de um novo período de desenvolvimento para nosso país e lutaremos para que isso de fato ocorra”, defende Augusto Chagas, presidente da UNE. Além de defender a porcentagem do fundo para investimentos em Educação, os estudantes pressionam o Congresso também pela aprovação de um novo marco regulatório do petróleo, com o monopólio estatal.

10 mil pela Educação

O presidente da Ubes, Ismael Cardoso, ressalta que o objetivo da atual campanha das entidades estudantis "é interiorizar esse debate, como nós fizemos no fim da década de 1940, início da década de 1950, com a campanha O Petróleo É Nosso”. A bandeira é pauta de debates e mobilizações do Congresso da entidade, que ocorre na primeira quinzena de dezembro em Belo Horizonte (MG).

Para o presidente da ANPG, Hugo Valadares, não há contradição em defender 50% do fundo para a Educação e cobrar mais investimentos também em Ciência e Tecnologia e Inovação ou em outras áreas. Hugo defende que a Educação é transversal: "não tem como fazer investimentos maciços em Ciência, Tecnologia e Inovação, por exemplo, sem investir em Educação. As coisas estão diretamente relacionadas. Para aumentar a produção de pesquisa no país precisamos qualificar mais gente, melhorar a qualidade dos cursos de pós-graduação e outras demandas que dependem de uma boa base educacional".

O projeto que cria o Fundo Social, enviado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva dentro do pacote de regras do pré-sal, recebeu mais de 200 emendas até o dia 18 de setembro, prazo limite para que os deputados as apresentassem. Caso as alterações no Fundo Social sejam aprovadas, parte do dinheiro poderá ir para a demarcação e titulação de áreas de quilombolas, para assistência à agricultura familiar, para o desenvolvimento do esporte, para o sistema penitenciário, para o setor de saúde e para a promoção da igualdade de gênero, raça e etnia, entre outras destinações sugeridas pelos deputados.

Da redação, com centrais e ANPG